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Capital

Arma usada para matar professor foi roubada em tentativa de latrocínio

Ricardo Campos Jr. | 06/04/2015 17:47
Bruno foi morto no local de trabalho no mês passado (Foto: arquivo pessoal)
Bruno foi morto no local de trabalho no mês passado (Foto: arquivo pessoal)

A Polícia Civil descobriu que a espingarda usada na morte do instrutor de informática Bruno Soares da Silva Santos havia sido roubada de uma fazenda quase dois meses antes durante tentativa de latrocínio. O fato contradiz a defesa do suspeito do crime, Francimar Câmara Cardoso, que afirmou ter ganhado a arma de herança.

Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (6) pela corporação, Marcio Leão Cavalcante, 32 anos; Ivan Domingues da Silva, 38 anos e dois adolescentes, de 16 e 17 anos, foram até uma propriedade rural em Nova Alvorada do Sul, a 120 km de Campo Grande, no intuito de roubar uma caminhonete Hilux que pertence ao dono do local.

Armados com pistola e um revólver, atiraram no capataz e renderam as pessoas que estavam na propriedade. O veículo que eles queriam não estava na sede. Assim, pegaram a espingarda e um revólver calibre 22.

O grupo fugiu em um Siena que pertence ao capataz. O automóvel foi queimado na região das moreninhas.

Ivan, segundo a Polícia Civil, vendeu a espingarda para uma pessoa identificada como Evandro, que por sua vez a revendeu para o irmão de Francimar Câmara Cardoso. Os dois foram presos e estão em uma cela na Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), que coordenou as investigações.

O delegado responsável pelo caso pediu a prisão preventiva da dupla e a apreensão dos adolescentes e a Justiça expediu os mandados. O grupo foi encontrado no fim de semana. Os jovens estão na Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco.

Ciúmes – Investigações da 1ª DP apontaram que Francimar cometeu o crime depois de saber que a mulher havia sido vítima de uma suposta tentativa de estupro por parte de Bruno. Os dois trabalhavam na mesma escola. O crime, segundo boletim de ocorrência, foi cometido na região central.

O suspeito colocou enrolou a arma em um edredom e colocou dentro do carro que usava no trabalho. Chegou ao estabelecimento de ensino e perguntou pelo instrutor. A recepcionista indicou a sala onde ele estava. Francimar abriu a porta para confirmar se realmente a vítima estava no local.

Em seguida, voltou ao veículo para buscar a espingarda. Bruno foi morto com um tiro no tórax. O suspeito fugiu e se apresentou três dias depois acompanhado pelo advogado. A chegada de Francimar à 1ª DP foi marcada por confusão entre parentes dele e da vítima.

Atendendo ao pedido da polícia, a Justiça decretou inicialmente a prisão temporária, por cinco dias. A defesa afirmou que pediria habeas corpus após o vencimento do prazo, pois não via necessidade de manter Francimar preso. Entretanto, o período acabou estendido por 30 dias.

O advogado do suspeito, Marcos Ivan, pediu a revogação do mandado. Francimar continua preso pelo crime.

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