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Capital

Alcoólatra, mãe abandonou criança em recaída após 9 meses sem álcool

João Humberto | 30/05/2016 15:53
Caso aconteceu na residência em que mãe e filha moram, no Jardim Centro Oeste (Foto: Alcides Neto)
Caso aconteceu na residência em que mãe e filha moram, no Jardim Centro Oeste (Foto: Alcides Neto)

A mulher de 30 anos, flagrada embriagada dormindo em um terreno vazio, enquanto a filha de nove meses chorava ao relento, já possui histórico de dependência alcoólica. Sem beber há nove meses, nesse fim de semana ela não aguentou e se entregou novamente à bebida.

Conforme a conselheira tutelar da região Sul, Janaine Pereira de Oliveira, na tarde desta segunda-feira (30) a mulher foi até o Conselho Tutelar para assinar advertência por escrito, confirmando que por seu descuido a filha ficou exposta a perigo. O documento será encaminhado ao Judiciário.

No Conselho Tutelar, a mulher se mostrou muito arrependida pelo fato de ter bebido no fim de semana. Ela contou à conselheira que a dependência do álcool é algo muito latente e que por causa disso, fez tratamento em grupo de AA (Alcoólicos Anônimos), ficando limpa por nove meses.

A mãe quer novamente a chance de poder pegar a filha nos braços e cuidar dela. Bastante emocionada, ela falou a Janaine que está disposta a começar novamente um tratamento, dessa vez via SUS (Sistema Único de Saúde).

O caso aconteceu por volta das 4h30 desta segunda-feira, na Rua dos Timbós, no Jardim Centro Oeste, em Campo Grande. A criança foi recolhida pelo Conselho Tutelar e encaminhada para um abrigo da cidade. A mulher foi ouvida na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), assinou um termo circunstanciado de ocorrência e foi liberada.

Por enquanto, segundo Janaine, a criança continua sob a guarda da Justiça e caberá ao Juizado da Infância e Juventude da Capital decidir se menina volta ou não para os braços da mãe. “Ela realmente está muito abalada e preocupada pelo fato de correr o risco de perder o bebê”, esclarece a conselheira tutelar que informou que mãe e filha só têm uma a outra e que para manter a criança, a mulher de 30 anos trabalha com serviços de faxina.

Vizinhança - Hoje de manhã, a reportagem esteve no bairro, mas os vizinhos não quiseram falar sobre o assunto. “A gente não a conhece. Ela quase não para em casa”, afirmaram os moradores não sabendo precisar há quanto tempo a mulher mora no bairro. O Campo Grande News tentou falar com a mulher pelo celular, mas não conseguiu.

Os vizinhos contaram à polícia que a mulher ficou por quase duas horas tentando entrar na residência e batendo no portão até que desistiu e deitou no terreno. Ela estava tão embriagada que não conseguiu encontrar a chave que estava no carrinho da filha. Os policiais entraram no quintal da residência e encontram um lugar sujo e insalubre. O caso é acompanhado pelo Conselho Tutelar Sul.

Apesar das informações, Janaine informou à reportagem que a criança não tinha sinais de descuido e que era bem tratada pela mãe.

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