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Capital

Assaltos e brigas nos terminais deixam usuários preocupados com a violência

Filipe Prado | 01/12/2013 08:34
Passageiros estão com medo de violência nos terminais (Foto: Cleber Gellio)
Passageiros estão com medo de violência nos terminais (Foto: Cleber Gellio)

A violência em terminais de transbordo de Campo Grande começa a preocupar quem depende do transporte coletivo. Roubos e brigas, principalmente, entre adolescentes, estão virando rotina na cidade.

As confusões ocorrem com frequencia entre “escolas rivais”. As brigas são rotina nos terminais e têm até data marcada, segundo alguns usuários. “Eu fiquei sabendo que teve briga, três dias seguidos, no terminal Guaicurus. Até tinham marcado uma para a próxima semana, só não sei se terá”, comenta a estudante Samara Rodrigues Lopes, 18 anos.

Ela diz ter medo da violência que acontece dentro do terminal. “Eu tenho medo que aconteça tiros. Eu corro dessas brigas”, relata a estudanteOutro aluno que  garante já ter presenciado alguns casos é Fernando Souza, 14. “São geralmente alunos de escolas rivais", confirma.

No terminal Morenão, os relatos são os mesmos. “Aqui acontece bastante. Acho ruim, por serem escolas rivais. Mas nunca usaram armas, só vi brigas com socos até agora”, Everton Fernando, 16.

Uma administradora, de 50 anos, que não quer se identificar, comenta que o filho de 16 anos é um dos alunos que sofrem com a violência nos terminais. “Os jovens estão passando muito tempo no terminal. Eles namoram, brigam, usam até maconha e, infelizmente, meu filho está participando”, admite.

Ela conta que o menino sempre chega atrasado nas aulas e também muito tarde em casa, pois fica dentro do terminal. “Meu filho chega sempre depois que a aula começou, na escola, e sai as 17h30, mas só chega em casa depois das 19h. Eles fica fazendo o que no terminal?”, desabafa a mãe.

A rivalidade é tão grande, entre os jovens, que alguns não podem passar pelos terminais. “O filho de uma amiga não pode coloca o pé no terminal Morenão, pois alguns alunos o ameaçaram, agora ele tem que pegar caminhos alternativos”, relata a administradora.

A mãe do jovem ainda comenta que falta fiscalização da Guarda Municipal nos terminais. “Gostaria que a guarda voltasse aos terminais, e que a guarda mandasse esses garotos embora do terminal. Pois eles põem em risco a vida das pessoas”.

Roubo – Assaltos também acontecem. No mês passado, o auxiliar de escritório Kennedy Marcos de Oliveira, 18, perdeu um celular, depois que um bandido pulou a proteção do terminal e fez um “arrastão” no local.

Ele conta que estava falando no celular com a namorada, quando foi abordado por um rapaz. “Ele colocou a arma na minha cabeça e pediu meu celular, depois ele saiu assaltando outros passageiros, e os fiscais só ficaram olhando”, relata Kennedy.

O auxiliar ainda comenta que no terminal Júlio de Castilho há muitos assaltos. “Estão assaltando bastante aqui. Está muito perigoso”.

Guarda Municipal – O Campo Grande News tentou contato com a Guarda Municipal durante vários dias na semana passada, mas não obteve retorno.

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