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Capital

Assembleia confirma fim da greve de professores na UFMS, após 84 dias

Paula Maciulevicius | 14/09/2012 11:00
A votação referenda o fim da greve e decide o retorno imediato às aulas. (Foto: Minamar Júnior)
A votação referenda o fim da greve e decide o retorno imediato às aulas. (Foto: Minamar Júnior)

Na manhã de hoje a Adufms (Associação dos Docentes da UFMS) votou pelo fim da greve dos professores da universidade. Na quarta-feira, uma reunião preliminar já tinha decidido o mesmo entre o comando de greve, que começou há 84 dias.

No auditório do LAC (Laboratório de Análises Clínicas) da universidade, professores que fazem parte do comando e associados à Adufms, votaram por duas vezes pelo retorno às aulas. A primeira foi para confirmar o já decidido na quarta-feira e a segunda, foi pelo retorno imediato. As duas somaram 84 votos.

No entanto, há um conflito entre professores do comando e do sindicato. A Adufms decidiu que volta imediatamente às aulas, enquanto o comando havia decidido o retorno para o próximo dia 20.

“O comando de greve é um grupo de professores constituídos para a mobilização. Todavia, quem decide sobre começo e o fim é o sindicato. Houve conflito por decisões políticas”, disse o presidente da Associação, professor Paulo Haidamus.

A votação desta manhã acontecia simultaneamente nas outras 10 unidades da UFMS pelo Estado. Ainda nesta manhã serão contabilizados os votos de Aquidauana, Corumbá, Três Lagoas, Paranaíba, Chapadão do Sul, Bonito, Naviraí, Coxim, Ponta Porã e Nova Andradina para confirmar se foi alcançado os 25% dos votos conforme previsto o estatuto.

“Se não houver 215 votos, vamos convocar hoje uma nova assembleia para 3ª feira, para que seja referendada”, comentou Haidamus. Para o presidente houve a participação esperada para Campo Grande.

Segundo o presidente da Associação, Paulo Haidamus, o retorno só depende da universidade reestabelecer o calendário. (Foto: Minamar Júnior)
Segundo o presidente da Associação, Paulo Haidamus, o retorno só depende da universidade reestabelecer o calendário. (Foto: Minamar Júnior)

A votação da Adufms referenda e decide o retorno imediato da greve, que agora, segundo Haidamus só depende da reitoria da UFMS para reestabelecer o calendário.

O comando de greve, contrário ao imediatismo, pretende realizar no dia 20, data para quando ficou decidida a retomada das aulas, uma manifestação na rua Barão do Rio Branco com a 14 de Julho, como protesto contra a proposta do Governo Federal.

O acordo fechado com o Ministério do Planejamento prevê reajuste de 25% a 40% diluído até 2015 aos professores.

“Não satisfaz, mas segundo o Governo, o acordo com os professoreas foi um dos melhores”, completou o presidente.

Poucos estudantes participaram da assembleia de hoje. A acadêmica de Arquitetura Arielle nogueira, 24 anos, foi contrária ao término da greve.

“Achei que não devia ter terminado. No nosso entendimento, não alcançou a pauta. E o comando havia decidido volltar dia 20, agora os professores que não eram a favor vão empurrar o conteúdo pra terminar o primeiro semestre e começar o segundo o quanto antes. Mas como a mesa aqui disse, eles são soberanos”, comentou.

Paralisção - A UFMS entrou em greve no dia 21 de junho. Das 59 universidades, apenas duas não aderiram ao movimento que começou no dia 17 de maio. O Governo Federal apresentou duas propostas, oferecendo primeiramente reajuste partindo de 12%, seguido de 25% em cima da remuneração de março, quando houve aumento de 4%. Para os professores titulares, o índice atingiria até 40%, pagos em três parcelas, de 2013 a 2015. Esta proposta foi aceita apenas pelo Proifes.

Em agosto o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino) fez uma contraproposta, que foi negada pelo Governo, sob alegação de já ter encerrado as negociações.

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