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Capital

Atleta estava "estranho" e tentou lutar após matar hóspede de hotel

Renan Nucci | 20/04/2015 09:56
Lutador era tido como referência "dentro dos tatames". (Foto: Arquivo pessoal/Facebook)
Lutador era tido como referência "dentro dos tatames". (Foto: Arquivo pessoal/Facebook)

Após espancar até à morte o eletricista Paulo César de Oliveira, de 49 anos, Rafael Martinelli Queiroz, 27, tentou entrar nos tatames para lutar no Indoor Black-Belt de Jiu-Jitsu que acontecia no Círculo Militar, em Campo Grande, no sábado (18).

Segundo Fábio Rocha, presidente da FJJDMS (Federação de Jiu-Jitsu Desportivo de Mato Grosso do Sul) e organizador do evento, o atleta foi barrado porque estava "visivelmente alterado". “Ele já chegou de São Paulo assim”, disse Rocha.

O presidente da Federação explicou que Rafael foi convidado a participar da competição por conta de sua carreira exemplar como lutador. Natural de Araçatuba (SP), mas radicado em Valparaíso (SP), o faixa-preta foi campeão mundial em 2008 e vinha conquistando importantes competições no interior paulista.

“No sábado, por volta das 18h, estava terminando de organizar o local do evento quando Rafael chegou com a namorada. Ele parecia estar desconexo, não falava nada com nada. Achei que estivesse cansado por causa da viagem e sugeri que fosse para o hotel dormir um pouco”, explicou Rocha.

Mais tarde, por volta das 22h, logo após ter cometido o crime, o lutador chegou ao evento ensanguentado, visivelmente alterado, querendo competir. “Ele parecia nervoso e ficava perguntando o tempo todo 'onde estava o cara?' Quando eu perguntava de onde era o sangue, ele não respondia nada com nada. Assim, achamos melhor que ele não lutasse”, detalhou.

Fábio reforça que não conhece a vida particular de Rafael, mas que no âmbito esportivo, jamais teve notícias de alguma atitude violenta por parte dele. “Acredito que ele surtou. Foi algum distúrbio ou um ataque de fúria; não sabemos se estava sob efeito de substância psicoativa. Até onde sabemos, foi um caso isolado que resultou em uma fatalidade”.

Caso – Após discutir com a namorada por ciúmes, o lutador paulista passou a agredi-la em um dos quartos do Hotel Vale Verde, na Avenida Afonso Pena, onde estavam hospedados. Amedrontada, a mulher de 24 anos fugiu pelos corredores pedindo ajuda, e foi perseguida.

Durante o trajeto, enquanto destruía tudo o que via pela frente, Rafael se deparou com Paulo César observando pela fresta da porta, e o atacou violentamente, matando-o. Ele foi preso em flagrante.

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