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Capital

Atraso na obra deixa R$ 1,5 milhão do Detran parado por 17 meses

Lidiane Kober | 28/08/2013 19:57

O atraso na construção do Hospital de Trauma de Campo Grande deixa parado R$ 1,5 milhão, doados pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito) em 29 de março do ano passado. A promessa é reiniciar as obras entre 15 a 30 dias e concluí-la no máximo em 10 meses.

Presidente da Associação Beneficente Santa Casa, Wilson Teslenco, informou que o hospital depende da liberação de outros R$ 2,1 milhões por parte do Ministério da Saúde para terminar a obra. Além do dinheiro do Detran, a instituição segura outros R$ 1,5 milhão.

“O recurso está aplicado e rendendo juros”, minimizou Teslenco. Segundo ele, o rendimento será usado para cobrir reajuste da obra, que não ocorre há três anos. “Estamos terminando alguns ajustes e no máximo em 30 dias vamos retomar a obra”, prometeu.

Com a liberação da verba federal, a Santa Casa terá a disposição R$ 5,1 milhões para concluir o hospital em no máximo 10 meses. De acordo Teslenco, o Ministério da Saúde apontou algumas “inconformidades” nas planilhas e, por isso, emperra a liberação do dinheiro.

“Alguns valores se repetem e outros aparecem maiores e menores em planilhas diferentes. Nosso impasse é resolver esses pontos e não acreditamos ter ocorrido desvio de valores”, afirmou o presidente.

A construção do Hospital de Trauma começou em 2010 e já recebeu R$ 9.506.85,79. Deste total, R$ 1.199.455,88 foram pagos para a Realce entre 2002 e 2004 e R$ 5.293.662,35 para a Coletto, de 2010 a maio de 2013.

O prédio anexo da Santa Casa de Campo Grande terá 95 leitos, 10 CTIs (Centros de Tratamento Intensivo) e mais 18 vagas de pronto-atendimento. Com os leitos, a expectativa é amenizar a superlotação dos hospitais da Capital.

Dinheiro do Detran - O dinheiro doado, no ano passado pelo Detran, é proveniente da economia dos convênios com o Seguro DPVAT e o Sistema Nacional de Gravames. De acordo com o presidente do órgão, Carlos Henrique Santos Pereira, a receita foi economizada durante cinco anos.

"Esse dinheiro deveria ter uma finalidade nobre e nada mais nobre que empregá-lo em uma obra que a população utilizará", disse Santos Pereira, na época da doação à Prefeitura de Campo Grande, que repassou a verba à Santa Casa. “Essa doação vai trabalhar diretamente na consequência do acidente de trânsito para ajudar a conter a falta de leito para o traumatizado”, concluiu.

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