ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 30º

Capital

Atropelamento de babá e crianças revela risco de calçadas bloqueadas

Viviane Oliveira | 19/06/2013 19:25
Aparecido teve que passar pela enxurrada porque na calçada não dava. (Foto: Cleber Gellio)
Aparecido teve que passar pela enxurrada porque na calçada não dava. (Foto: Cleber Gellio)
Calçada obstruída com material de construção na rua Dário Filho com a rua Júlio Takeshi. (Foto: Cleber Gellio)
Calçada obstruída com material de construção na rua Dário Filho com a rua Júlio Takeshi. (Foto: Cleber Gellio)

Na maioria dos bairros de Campo Grande andar sobre a calçada se tornou uma tarefa impossível, isso porque entulhos e mato alto passaram a ocupar a passagem destinada aos pedestres.

Na manhã desta quarta-feira (19), uma adolescente de 16 e duas crianças de 4 e 6 anos foram atropeladas por um veículo no entroncamento da rua Dario Anhaia Filho, com a Júlio Takeshi, no bairro Parque do Sol, quando desviaram da sujeira na calçada.

No mesmo local do acidente, a reportagem do Campo Grande News flagrou a dificuldade do vigilante Aparecido Guhen, de 58 anos, em passar na calçada lotada de areia e pedra.

Para desviar do entulho, o pedestre teve que caminhar pela enxurrada que se formou no meio fio após chover. “A rua é muito movimentada e tem crianças que passam todos os dias para ir à creche. Aqui é impossível passar pela calçada por causa da quantidade de entulho obstruindo a passagem”, reclama Aparecido.

Há mais de um mês os moradores contam que o vizinho, que está reformando a casa, encheu a calçada com materiais de construção. “Não é só aqui, em vários lugares a gente tem que andar pela rua e correr o risco de ser atropelado, porque na calçada não tem jeito de caminhar”, reclama.

Além das pedras, quando chove a passagem fica impossível no local que deveria ser calçado, na avenida Raquel de Queiroz no bairro Aero Rancho.(Foto: Cleber Gellio)
Além das pedras, quando chove a passagem fica impossível no local que deveria ser calçado, na avenida Raquel de Queiroz no bairro Aero Rancho.(Foto: Cleber Gellio)

No bairro Aero Rancho, próximo da Escola Municipal Irene Szukala, na avenida Raquel de Queiroz, os moradores são obrigados a caminhar na rua, isso porque uma parte da calçada está coberta com mato e a outra parte simplesmente não foi calçada.

“Eu prefiro andar na rua porque quando chove vira lama e quando está seco as pedras atrapalham a passagem no trecho que não é calçado”, reclama Daiana Garcia, de 25 anos.

O Decreto n°11.090 de 2010, que regulamentou a Lei 2.909/1992, diz que as calçadas devem ter uma faixa livre e desimpedida de obstáculos para o trânsito de pedestres e uma faixa de serviço, destinada à implantação do chamado mobiliário urbano, como pontos de ônibus, táxis e outros.

A medida prevê que, pelo menos na teoria, o pedestre possa contar com pelo menos 1,5 metros para a passagem.

Nos siga no Google Notícias