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Capital

Audiência de regulamentação do serviço moto-taxistas é cancelada e gera revolta

Juliana Brum | 11/08/2015 15:50
Auxiliares exigem liberação de pelos menos 100 novos alvarás ( Foto - Marcos Ermínio)
Auxiliares exigem liberação de pelos menos 100 novos alvarás ( Foto - Marcos Ermínio)

A audiência pública da regulamentação do serviço de auxiliar de moto-taxistas, que aconteceria na Câmara Municipal nesta tarde (11), foi cancelada sem avisar os profissionais. A categoria foi até o legislativo e ficou revoltada com o cancelamento.

Cerca de 30 moto-taxistas foram até a Casa de Leis. Com medo de represália por conta dos donos dos alvarás os moto-taxistas não se identificam, mas afirmaram que não é a primeira vez que marcam a audiência para discutir a ampliação de números de alvarás e é cancelada.

Eles alegam que existem por ano mais de quatro cursos de formação de auxiliares. No entanto, eles acabam trabalhando para terceiros e obtendo uma renda menor. Os donos dos alvarás ficam com a maior parte da renda. 

Em média, o auxiliar paga R$ 1.500 só para trabalhar, sem considerar os custos com seguro e manutenção da moto. No final do mês, eles contam que tiram cerca de R$ 1.300 líquido, podendo lucrar mais se não fosse o pagamento pela permissão do alvará de terceiro.

"Trabalhamos muito e mal temos tempo para nossas famílias porque tentamos trabalhar mais para receber melhor, mas a verdade é que somos muito prejudicados e acabamos tendo que subir o preço das corridas para compensar o que pagamos para os proprietários" explicou o rapaz, que não quis se identificar, por medo.

Segundo os motoristas, hoje falta moto-taxistas com alvarás regularizados em Campo Grande. Eles estimam que a Capital tem 847 mil habitantes e 491 alvarás. Pela legislação, é um alvará para cada mil habitantes, ou seja, o déficit é de 356 moto-taxistas.

Em média dizem que trabalham 15 horas por dia. Atualmente são 63 pontos regulamentados na Capital. Eles exigem que a Prefeitura Municipal libere pelo menos 100 novos alvarás, que contemplaria os auxiliares mais antigos registrados e que estejam ativos no mercado.

Os bairros mais retirados como: Vida Nova, Nova Lima, Los Angeles, Estrela Dalva, Indubrasil não tem pontos.
A audiência Pública foi marcada no final de junho pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS).

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