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Capital

Autor de cárcere privado estuprava a filha de 10 anos, diz polícia

Bruno Chaves | 30/12/2013 19:11
Pedreiro está preso na 4ª Delegacia de Polícia (Foto: Graziela Rezende)
Pedreiro está preso na 4ª Delegacia de Polícia (Foto: Graziela Rezende)

O pedreiro Ângelo da Guarda Borges, 58 anos, que manteve a mulher e os quatro filhos em cárcere privado por 22 anos, no bairro Aero Rancho, também cometia barbaridades contra a primeira família que ele teve. Em novas investigações, a Polícia Civil descobriu que ele estuprava a filha do primeiro casamento, que na época tinha 10 anos.

Segundo a delegada Rosely Molina, da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), o primeiro casamento de Ângelo ocorreu quando ele era muito novo. Na época, quando a filha tinha 10 anos, ele cometia os abusos sexuais dentro da residência da família.

“Ele é autor de estupro contra a própria filha há mais de 20 anos. Hoje, Rosa de Jesus tem entre 36 e 38 anos de idade”, afirmou a delegada. No entanto, como o crime ocorreu há décadas, a vítima perdeu o direito de denunciar.

Molina explica que estupro é um crime de ação privada, ou seja, a vítima deve denunciar o caso em até seis meses para que o Estado possa apurar os fatos.

“Depende da vontade da pessoa para que a apuração ocorra”, explica. Nos demais crimes, o Estado tem a obrigação de apurar os fatos, mesmo contra a vontade da vítima. “Nesse caso, como faz muito tempo, o direito de representar contra o autor caiu”, lamenta.

No entanto, a ex-mulher e os filhos do primeiro casamento de Ângelo já foram intimados e devem ir até a delegacia nos próximos dias. A polícia não descarta a possibilidade de o pedreiro também ter mantido a primeira família em cárcere.

Cárcere - Ângelo manteve, por 22 anos, a esposa Cira da Silva, 44, e quatro filhos, de 15, 13, 11 e 5 anos, em situação de cárcere privado. Segundo relatos, ele espancava a família todos os dias e dava apenas arroz para as crianças comerem.

A mulher e os filhos estão abrigados em uma casa de apoio do Estado. Eles devem permanecer no abrigo por um prazo de até 90 dias. De lá, a família deve seguir para a casa de Adão da Silva, 73 anos, pai de Cira e avô das crianças.

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