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Capital

Avenida é fechada para divulgação de protesto contra Dilma e revolta motoristas

Alan Diógenes | 13/08/2015 19:23
Interdição foi feita com motos do Bptran. (Foto: Vanessa Tamires)
Interdição foi feita com motos do Bptran. (Foto: Vanessa Tamires)
Organizador do protesto disse que conseguiu na Justiça autorização para os chamados. (Foto: Vanessa Tamires)
Organizador do protesto disse que conseguiu na Justiça autorização para os chamados. (Foto: Vanessa Tamires)

Os manifestantes contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) fecharam a Afonso Pena novamente, no começo da noite desta quinta-feira (13), entre a Avenida Calógeras e 13 de maio, trecho considerado o "coração da cidade”, chamando a população para as manifestações em nível nacional, que vai pedir o impeachment da presidente, no próximo domingo (16). Motoristas que passaram pelo local ficaram revoltados pela interdição acontecer no horário de pico

Apesar de um alerta da Polícia Militar sobre a pertubação do sossego, o grupo conseguiu na Justiça autorização para o evento, que conta com trio elétrico e caixas de som. A interdição começou por volta das 17h30. Motocicletas do Bptran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito) e da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) faziam o bloqueio para que os demais veículos não passassem.

Motoristas que subiam a Afonso Pena sentido Shopping Campo Grande tiveram que desviar à direita na Calógeras e quem vinha no sentido oposto teve que dobrar a esquerda na 13 de maio.

O trânsito ficou lento nas principais vias da cidade como: 15 de Novembro, 7 de Setembro, Barão do Rio Branco, Dom Aquino e Fernando Corrêa da Costa. Houve congestionamento e os motoristas reclamaram.

Aldo José dos Santos, 56 anos, disse que a interdição deveria acontecer em horário de menor fluxo de veículos e não no horário de pico. “Tinham que definir um horário melhor para evitar acidentes de trânsito. Isso aqui está um caos”, comentou.

Motorista se incomodou com congestionamento, mas é a favor do protesto. (Foto: Vanessa Tamires)
Motorista se incomodou com congestionamento, mas é a favor do protesto. (Foto: Vanessa Tamires)
Aldo falou que chamado deveria ocorrer fora do horário de pico. (Foto: Vanessa Tamires)
Aldo falou que chamado deveria ocorrer fora do horário de pico. (Foto: Vanessa Tamires)

Revoltado, o taxista Vitor Hugo falou que a interdição é “uma pouca vergonha” e "falta de respeito" com os cidadãos. O auxiliar de comércio Danilo Gomes, 23, teve que ficar esperando mais de cinco minutos em cima de sua motocicleta o trânsito fluir. “Um absurdo, a gente sai cansado do serviço e ainda tem que enfrentar mais essa".

Apesar de se incomodar com o congestionamento, o comerciante Sérgio Isaque, 55, é favor do protesto. “Acho válido porque nosso país está abandonado e não pode ficar como está”, finalizou.

Um dos organizadores do protesto de domingo na Capital, o servidor público Vinicius Siqueira, 38, informou que a Justiça autorizou os chamados durante a semana, do horário das 17h às 19h30. Ele explica qual é o objetivo das ações.

“Trabalhamos com três polos de pressão para pedir a saída da Dilma. Ou ela cede ao apelo da população e renuncia ao cargo, ou pedimos o impeachment. Mais para isso é preciso de que a maioria dos deputados votem a favor. Ou seja, nossa ideia com o protesto é conseguir mais deputados a favor do impeachment. Também apostamos na impugnação da chapa da presidente pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral)", destacou Vinicius.

O grupo se reuniu em um movimento nacional em maio deste ano, no Senado Federal, em Brasília, para organizar a manifestações contra a presidente. Vinicius afirma que o movimento é democrático sem filiação partidária.

Para alugar o trio elétrico, os manifestantes contaram com a ajuda de lojistas da Capital, empresas do setor da construção civil, advogados e demais segmentos.

Trio elétrico foi alugado com ajuda de empresas a favor da causa. (Foto: Vanessa Tamires)
Trio elétrico foi alugado com ajuda de empresas a favor da causa. (Foto: Vanessa Tamires)
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