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Capital

Avião de R$ 1 milhão é destaque em leilão, mas fica sem oferta

Luciana Brazil | 15/06/2012 14:00
Avião estacionado no aeroporto de Campo Grande está deteriorado por falta de manutenção e cuidados. (Foto:Diário Digital)
Avião estacionado no aeroporto de Campo Grande está deteriorado por falta de manutenção e cuidados. (Foto:Diário Digital)

Uma aeronave Boeing foi o destaque do leilão realizado hoje pela Justiça do Trabalho em Campo Grande. O avião, avaliado em R$ 1 milhão, poderia receber o lance mínimo de R$ 400 mil, mas até o fim da arrematação, que terminou às 12 horas, nenhuma oferta foi feita. O leilão do Boeing foi realizado pela 1° Vara do Trabalho.

O avião, modelo 737-204C, configurado para carga, com prefixo PR-MGA, fabricado em 1970, está estacionado no Aeroporto Internacional de Campo Grande desde 2005. Ele foi penhorado por uma dívida de trabalho no estado do Ceará em 2006.

De acordo com João Marcelo Balsanelli, juiz do trabalho da 6° Vara de Campo Grande, a dívida trabalhista é da empresa Ata (Atlântico Transportes Aéreos) Ltda que fazia transporte para os Correios. “Nós recebemos uma carta precatória determinando que fosse cumprido em Campo Grande o processo que está correndo em Maracanaú (CE)”.

Avião leiloado fica sem oferta. (Foto:Luciana Brazil)
Avião leiloado fica sem oferta. (Foto:Luciana Brazil)

Uma averiguação técnica denuncia que a aeronave não foi mantida adequadamente durante o tempo em que está estacionada no aeroporto, ficando exposta ao sol, chuva, poeira e outros fatores que comprometem a aeronave.

A dívida trabalhista, inicialmente, era de R$178 mil, mas pode chegar a R$ 300 mil, com a soma dos juros.

Outros bens: Além da aeronave, foram leiloados 3.966 unidades, sendo que 2,783 mil eram golas para camisetas, com cores e tamanhos diversos. Também foram leiloados carros, imóveis, jazigos e revólveres.

Dentre os imóveis, estava uma fazenda, “Quarto de Milha”, com área de 340 hectares, situado na zona rural de Iguatemi, avaliada em mais de R$ 5 milhões. Segundo a assessoria do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), a fazenda pertencia ao contrabandista conhecido como Polaco, preso pela Polícia Federal.

O leilão da propiedade rural acabou sendo suspenso, também devido a um acordo, segundo o TRT.

Na lista estavam sete revólveres da marca Taurus, calibre 38, com valor unitário de R$900 e ainda oito jazigos, avaliados em R$ 20 mil.

Um dos imóveis mais caros, um terreno na área do shopping Campo Grande, foi leiloado por R$ 348 mil, mas ainda está em efeito suspensivo, ou seja, se o devedor cumprir o acordo feito com o credor, o terreno não é leiloado.

Acompanhando de perto: A pecuarista Cleimar de Oliveira, 43 anos, comprou uma casa de R$ 28 mil, no ano passado. “Eu reformei e vendi por R$ 130 mil. Compensa muito”. Ela afirma que costuma ir aos leilões para ver se tem algo que caiba “no seu bolso”. “Só compro se for bem barato”.

O investidor Neuri Peccini, 47 anos, fez o arremate mais caro do leilão. “A casa era avaliada em R$ 580 mil e eu paguei R$ 345 mil. Quando é assim, vale a pena. Eu sempre compro quando é vantajoso”.

Além dos compradores, alguns advogados acompanham os leilões para os clientes. “Meu cliente tem um frigorífico e tem uma dívida trabalhista. Mas ele fez um acordo e o imóvel, através de decisão judicial, foi retirado da pauta do leilão”, contou a advogada Zuleide Zacarias, 29 anos. O imóvel estava avaliado em R$ 870 mil, o mais caro do leilão.

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