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Capital

Avisos de greve somem de agências, confundem, mas paralisação continua

Anny Malagolini e Anahi Zurutuza | 17/09/2016 10:19
Agência na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon (Foto: Marcos Ermínio)
Agência na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon (Foto: Marcos Ermínio)

Agências bancárias de Campo Grande amanheceram neste sábado (17) sem os cartazes de aviso de greve, fixados no desde o dia 6 de setembro - quando a paralisação dos bancários teve início. Mas a retirada dos avisos pode ser apenas uma “pegadinha”, já que o sindicato da categoria sustenta que a paralisação continuará por tempo indeterminado.

As unidades da Caixa Econômica Federal e do Bradesco, ambas na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon, foram verificadas pelo Campo Grande News sem os avisos de paralisação. Um funcionário da agência do Bradesco estava na unidade pela manhã, e informou que até a noite de ontem, os cartazes estavam colados nas vidraças e afirmou não saber o motivo da retirada. 

Sem os avisos de greve, a confusão foi armada, e clientes procuraram a agência pela manhã, mas a notícia durou pouco, como contou o mototaxista Celso Pereira, 55 anos. “Notei que estava sem os cartazes e achei que tinha acabado, mas logo me informei que vai continuar”, comentou.

O Sindicato dos Bancários informou que, a greve será mantida, e a retirada dos avisos pode ter sido uma tentativa de confundir a população. Ainda ontem (16), a Justiça de Mato Grosso do Sul concedeu liminar que prevê o funcionamento de 30% dos serviços oferecidos em agências bancárias do Estado, a partir de segunda-feira (19).

Mas a decisão não quer dizer que os bancos vão reabrir normalmente, pois conforme esclareceu o sindicato da categoria, as agências continuam oferecendo serviços “essenciais” a população, e que representa a porcentagem determinada pela justiça.

Conforme determina a Leiº 7.783, que regula o período de greve dos trabalhadores, os serviços essenciais - como saques e depósitos -, devem continuar funcionando durante o período de paralisação.

Negociação - A paralisação dos bancários começou no dia 6 de setembro, e um acordo entre bancos e trabalhadores ainda pode estar longe de ser fechado. O debate é em relação a recuso dos bancos em conceder o reajuste solicitado pela categoria. Os bancos apresentaram uma proposta com perda real para os trabalhadores bancários. Ou seja, um reajuste abaixo da inflação. Uma inflação de 9,62% e uma proposta de 7%, mais um abono de 3.300 reais.

Do outro lado, os bancários sustentam que no primeiro semestre de 2016, o lucro dos cinco maiores bancos chegou a 30 bilhões de reais, sendo assim, a reposição salarial poderia ser concedida.

Entre as reivindicações das categorias estão: Reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outros pedidos, como melhores condições de trabalho.

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