ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Avó materna pede guarda de menina ferida na cabeça pela bisavó

Renan Nucci | 15/09/2014 12:07

A avó materna vai acionar a justiça para obter a guarda da menina de cinco meses que foi ferida pela bisavó  supostamente por acidente, em Campo Grande. A DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), o Conselho Tutelar e o Ministério Público Estadual (MPE), bem como outras entidades de proteção aos direitos da criança acompanham o caso.

Segundo a conselheira Cassandra Szuberski, do Conselho Tutelar Sul, a avó da menina já procurou um advogado para tentar obter a guarda. “Ela está movendo a documentação para tentar conseguir a tutela do bebê. Estamos acompanhando o caso de perto, mas é preciso aguardar as investigações da polícia para saber o que poderá acontecer”, explicou a conselheira.

De acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa, a criança já recebeu alta e está sob os cuidados da avó. Ela deu entrada no Pronto Socorro no dia 23 de agosto, com traumatismo craniano moderado. A mãe afirmou que o  ferimento havia sido causado acidentalmente pela bisavó que arremessou uma sandália para tentar espantar um gato, mas acabou acertando a cabeça do bebê.

A equipe de assistentes sociais do hospital acionou o Conselho Tutelar e a polícia. A delegada Márcia Regina Mota, da DEPCA, informou que há divergências entre os relatos da mãe e da bisavó e dos médicos que prestaram atendimento - era preciso mais que um golpe de sandália para causar os ferimentos que a menina tinha, disse a delegada em recente entrevista.

A mãe teria dito ainda que o bebê caiu da cama duas vezes, em dias diferentes, antes de dar entrada no hospital. A polícia pediu exames de corpo de delito que possam apontar as verdadeiras causas da lesão. A conselheira alega que a possibilidade de a mãe perder os direitos sobre a criança existe, mas para isso, as investigações teriam que evidenciar algo muito grave. “Quem vai definir o destino da vítima é a justiça. Vale ressaltar que a mãe não pode ser diretamente punida por atos cometidos por terceiros”, explica.

Nos siga no Google Notícias