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Capital

Bairro distante é tranquilo, mas moradores cobram mais infraestrutura

Filipe Prado | 28/06/2014 10:03
O bairro não possui posto de saúde, asfalto, creche e até farmácia (Foto: Marcelo Victor)
O bairro não possui posto de saúde, asfalto, creche e até farmácia (Foto: Marcelo Victor)

Considerado um bairro de Campo Grande, o Chácara das Mansões, com acesso pela BR-163, ainda não possui a maioria dos benefícios que outros bairros tem. Sem posto de saúde, policiamento, asfalto e até farmácia, os moradores "clamam" por mais recursos para a região.

Pagando mais de R$ 1 mil de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), a artesã Arlete Cavasin, 57 anos, não está satisfeita com o bairro. Ela acha o local tranquilo e bom para viver, mas relatou que ainda faltam muitas obras de infraestrutura e saúde. “Não tem nada. Dizem que é um bairro urbano, mas é tratado como rural”, comentou.

Ela mora há 10 anos em uma das chácaras do bairro e sente falta do policiamento. “Se roubam alguma casa, a gente chama a polícia, eles vem, mas demoram e não fazem nada, por isso que acho que deveria ter um posto policial aqui”, alegou a artesã.

Para outros, além do policiamento, a única escola da região, a Escola Municipal Darthesy Novaes Caminha, deve atender mais crianças. “Precisamos de uma creche. Tem muitas crianças vivendo aqui e não temos onde deixá-las”, afirmou a babá Tânia Aparecida Freitas Silva, 28, que ficou responsável pela crianças da região. Ela chega a cuidar de nove crianças por dia.

A babá explicou que muitas pessoas precisam ir para a cidade, mas não tem onde deixar os filhos. Ela contou que muitas famílias, com medo de deixarem seus filhos irem até a escola em Campo Grande, se mudam para a cidade. “A escola aqui vai até o 9º ano, então os mais velhos tem que sair daqui para estudar. Eu mesmo vou me mudar quando os meus filhos forem para o ensino médio”, admitiu Tânia.

Tânia pretende sair do bairro quando os filhos entrarem no ensino médio (Foto: Marcelo Victor)
Tânia pretende sair do bairro quando os filhos entrarem no ensino médio (Foto: Marcelo Victor)

“Aqui é um lugar muito bom, não tem tanta bagunça quanto a cidade, mas não tem outro jeito”, completou a babá.

Mas o que foi mais pedido pelos moradores do bairro é posto de saúde. “Precisamos urgente”, alegou a comerciante Ana Creuza da Silva, 52,que possui um dos poucos comércios da região. Como não há farmácias na Chácara das Mansões, Ana é a única fonte de remédios para a população, quando eles podem ser vendidos no mercado, se não os moradores precisam se descolar para outros bairros atrás do medicamento.

Para os moradores o posto de saúde é o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O zelador Paulo Antônio do Rego, 53, contou que eles acionam o serviço, em caso de urgência, mas muitas vezes eles demoram, porque “tem muita gente para atender”, por isso precisam do posto na região.

Já o asfalto não é prioridade para os moradores. O único local com pavimentação é a Rua Mascote, que dá acesso a Colônia de Férias da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande). “Não acho essencial. O resto ainda está bom e irá melhorar futuramente”, analisou Paulo.

Arlete pediu um posto policial no bairro, para melhor a segurança para a população (Foto: Marcelo Victor)
Arlete pediu um posto policial no bairro, para melhor a segurança para a população (Foto: Marcelo Victor)
Paulo vê as dificuldades, mas acha o bairro um lugar bom para viver (Foto: Marcelo Victor)
Paulo vê as dificuldades, mas acha o bairro um lugar bom para viver (Foto: Marcelo Victor)
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