ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Baleado há 4 meses por 2 jovens, motorista diz que viveu de novo

Viviane Oliveira e Nadyenka Castro | 16/06/2011 17:00

Ele se emociona ao contar a história

Edson ficou internado 8 dias na Santa Casa.
Edson ficou internado 8 dias na Santa Casa.

“Graças a Deus eu vivi de novo”, conta Edson Bazan, 39 anos, em entrevista ao Campo Grande News. Ele foi baleado por dois jovens no dia 1º de janeiro quando dirigia um ônibus do transporte coletivo no bairro Dom Antônio Barbosa, em Campo Grande.

Ele levou quatro tiros, um nas costas, que ainda continua alojado, um na coxa esquerda, um no abdômen, um no braço, que também está alojado e outro na mão. Edson só não foi atingido por um quinto tiro porque segundo ele, segurou na mão do autor e o disparo foi feito para cima.

Por causa dos tiros Edson ficou internado oito dias na Santa Casa e 45 dias na cadeira de rodas. Ele está afastado do serviço e faz fisioterapia diariamente. Por causa dos tiros a vítima ficou com a cintura para baixo do lado esquerdo paralisada.

Com a fisioterapia conseguiu sair da cadeira de rodas e já recuperou os movimentos, mas reclama que o pé esquerdo continua dormente. “Por causa das sequelas não consigo andar rápido e nem correr”, disse.

Edson disse que era motorista de ônibus intermunicipal e saiu do emprego porque queria voltar a estudar. “Consegui um emprego na Jaguar – empresa de transporte coletivo das 18 a 1 hora da manhã. Segundo ele, era uma linha que ninguém queria fazer, a do Dom Antônio Barbosa.

“Quando fui baleado estava quase um ano na linha. Nesse período o ônibus foi assaltado 13 vezes”, afirma.

Edson chora ao relembrar do dia que foi baleado. “Foi inacreditável o que aconteceu, graças a Deus eu voltei a viver e a estudar novamente”.

Revolta - Edson conta que depois que depois do atentado foi até uma bicicletaria e ficou revoltado com que ouviu. “Conversando com um adolescente o menino disse: Não dá nada não matar – chega na hora fala para o juiz que não sabe de nada e é solto.

“A justiça simplesmente os libera e a gente fica a disposição da criminalidade”, destaca. Ele disse que aceitou a trabalhar a noite porque era o único horário que tinha para estudar.

Crime - Segundo a vítima por volta das 22h15 do dia 1° de janeiro, se aproximou do ponto de ônibus, quando viu um grupo de jovens parados. Conforme ele, quando saiu com o ônibus passou próximo da bicicleta de um deles.

“Até o próximo ponto eles foram me acompanhando, quando Max Ferreira da Silva, 19 anos, parou com a bicicleta na frente do ônibus. “Eu desci para ver o que tinha acontecido. Um menino jogou uma pedra na porta dianteira do coletivo”.

Conforme o motorista, quando ligava para a Polícia, um dos adolescentes de 17 anos atirou duas vezes e um acertou sua coluna. O adolescente entregou a arma para o Max e disse: eu já dei dois tiros termina de matar você.

“Eu já tinha sido assaltado várias vezes. Não sei porque fizeram isso”. De acordo com ele, desceu com uma marreta para bater no pneu, mas não agrediu ninguém.

Nos siga no Google Notícias