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Capital

Balneário não será reaberto e dono pode responder por homicídio

Ana Paula Carvalho | 13/10/2011 19:34

Adolescente de 16 anos morreu afogado na manhã de ontem enquanto nadava

Bombeiros fizeram buscas por corpo de adolescente. (Foto: Pedro Peralta)
Bombeiros fizeram buscas por corpo de adolescente. (Foto: Pedro Peralta)
Guarda-vidas apontado por gerente estava bebendo. (Foto: Pedro Peralta)
Guarda-vidas apontado por gerente estava bebendo. (Foto: Pedro Peralta)

De acordo com o delegado Devair Aparecido Francisco, responsável pelas investigações, se for comprovado que o proprietário Eduardo Machado Metelo, disponibilizou o balneário como ponto comercial, ou seja, estabelecimento privado, sem a segurança necessária, ele pode responder por homicídio culposo.

Procurado pelo Campo Grande News o proprietário do local alegou que havia todos os equipamentos necessários para garantir a segurança dos banhistas, incluindo salva-vidas.

Ainda segundo ele, o balneário que funciona há aproximadamente 50 anos e pertencia ao pai dele, não será reaberto. Ele está interditado até ser regularizado. “Será fechado permanentemente e os campo-grandenses perderão a única ‘praia’ que eles têm”, afirmou.

Segundo Eduardo Metelo, a morte do adolescente Marcos Vinicius Borges de castro Leal, de 16 anos, foi uma fatalidade que poderia ter acontecido em qualquer outro lugar. “Foi uma fatalidade, infelizmente acontece”, reforça.

O caso - O adolescente chegou ao balneário acompanhado da família. Quando o Corpo de Bombeiros foi acionado, a família relatou que fazia mais de hora que não viam Marcos Vinicius. As buscas duraram aproximadamente duas horas até que o corpo dele fosse encontrado.

Para a entrada no balneário é cobrado o valor de R$ 7 por pessoa. O gerente Zildo Vasconcelos, contou que trabalha no balneário há 24 anos e que o local nunca havia sido interditado. Já ocorreram outras mortes por afogamento no local, incluindo uma criança, em janeiro de 2009.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 10 horas de ontem (12) para procurar um adolescente desaparecido nas águas da Lagoa Rica. O corpo foi encontrado por uma equipe de três mergulhadores por volta das 12h40.

Irregularidades - Conforme os militares, haviam pessoas vestindo camisetas identificando como salva-vidas, mas que não teriam condições de estar atuando como guarda-vidas. Um deles, apontado pelo gerente, ao conversar com a equipe do Campo Grande News estava bebendo. No local não foram encontrados número suficiente de equipamentos de segurança obrigatórios, coletes salva-vidas e bóias de demarcação.

Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, o balneário vai ficar interditado até a apresentação dos documentos que autorizam o funcionamento.

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