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Capital

Banco recusa procuração e obriga idosa a sair da cama para pegar cartão

Zana Zaidan | 04/07/2014 16:56

Com a saúde debilitada e em uma cadeira de rodas, a aposentada Maria Rita de Barros, 86 anos, teve que se deslocar de casa, onde fica em repouso, e ir até a agência do Banco do Brasil, na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, para retirar um cartão de saque do benefício. O banco, conta o neto, o servidor público Alessandro Barros dos Santos, 38 anos, negou a procuração que ele obteve há cinco anos para representar a avó.

O episódio aconteceu na manhã de ontem (3) e, após uma sucessão de “erros”, apontados por Barros, ele resolveu registrar o atendimento e enviou as imagens ao Campo Grande News. “Me senti impotente diante da arrogância de uma atendente. Ter que pegar uma idosa, colocar dentro do carro, debaixo de um sol forte, sendo que ela tem, ainda, problemas de pele. E se ela passasse mal? O que eles iam justificar? Não recebi nem um pedido de desculpas e vou tomar as medidas cabíveis”, afirma o servidor, que pretende entrar com um processo contra o banco.

A “indignação”, diz ele, começou quando ele foi à agência com a filha, para retirar um novo cartão para a avó, porque o anterior estava vencido. Barros pediu para usar o atendimento preferencial, porque estava com a filha no colo. “Mas disseram que só se eu fosse idoso, gestante ou lactante”, explica.

Depois do episódio, a atendente teria afirmado que a procuração não era válida. “O que estranhei, é que há dois anos, quando fui construir uma casa para a minha vó, solicitei um empréstimo. Logo depois de sair do banco, me ligaram e ofereceram um R$ 7 mil. Como confirmação só perguntaram o grau de parentesco e o dinheiro caiu na conta dela, sem assinatura sem procuração, nada”, estranhou.

Diante da negativa, Barros chamou o advogado e levou a avó pessoalmente. “Nisso, já tinha passado uma raiva muito grande. No lugar não tem estacionamento, tentaram impedir que eu filmasse e o gerente nem se desculpou. Foi esse circo todo para, em dois minutos, entregarem o cartão. O dinheiro da aposentadoria é para comprar fraldas, remédios e fazer a manutenção da cadeira de rodas”, explica.

A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa do Banco do Brasil, mas os telefones disponíveis não atenderam. O expediente da agência já tinha encerrado por causa dos jogos da Copa.

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