ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Banda de rock acusa de agressão seguranças da casa onde tocou

Viviane Oliveira | 26/03/2012 20:53

Os músicos relatam que foram agredidos a coronhadas, pancadas e chutes por dois seguranças na madrugada de sábado

Sérgio, Edson Erick e a menina de 16 anos. Os três ainda com hematomas visíveis pelos corpo.
Sérgio, Edson Erick e a menina de 16 anos. Os três ainda com hematomas visíveis pelos corpo.
Juliano disse que foi agredido nas costas e pode ter fraturado a costela. (Fotos: João Garrigó)
Juliano disse que foi agredido nas costas e pode ter fraturado a costela. (Fotos: João Garrigó)

Quatro jovens da banda Tributo ao Raimundos acusam dois seguranças da empresa Apolo de agressão, que segundo eles ocorreu na casa noturna República Music Bar, na avenida Calógeras com a Mato Grosso, em Campo Grande.

Com hematomas visíveis pelo corpo, três dos cinco integrantes da banda, Edson Erick Maciel de Oliveira, Sérgio Renato Ramos, os dois de 27 anos, e Juliano da Silva Vieira Lopes, 24 anos, relatam que foram agredidos a coronhadas, pancadas e chutes por dois seguranças na madrugada de sábado para domingo.

Para eles, o motivo da agressão foi preconceito ao rock. Edson relata que todas as pessoas que chegavam na casa de show eram recebidas com grosseria por parte dos seguranças. “Na hora da revista pessoal eles aproveitavam para insultar os roqueiros com palavra de baixo calão”, disse.

O guitarrista da banda, Sérgio, confessa que no meio do show também agrediu verbalmente o segurança. Conforme o músico, depois da apresentação os integrantes da banda continuaram na casa noturna e foram retirados por dois seguranças e acabaram agredidos.

Segundo relatos dos integrantes da banda, uma menina de 16 anos foi tentar apartar a briga e levou dois tapas no rosto. “Eles nos agrediram com coronhadas, socos, chutes e um dos seguranças deu dois tiros para cima”, afirma o supervisor de vendas Juliano que pode ter fraturado a costela.

Os integrantes da banda reclamam que foram desrespeitados pelos funcionários. “Nós tocamos na casa noturna pelo menos uma vez por mês há 2 anos e meio”, acrescenta Edson que teve um instrumento musical quebrado pelos seguranças.

A banda conta que o fato aconteceu por volta das 4 horas da madrugada e que registraram boletim de ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do centro, ontem de manhã.

No dia da briga o responsável da casa noturna foi procurado pela banda, mas, segundo os músicos, disse que não poderia fazer nada porque a confusão aconteceu fora do estabelecimento.

Outro Lado - Em resposta, o coordenador de segurança de eventos da empresa Apolo, Wellington Nunes, confirma que houve um desentendimento entre os funcionários e os músicos. Segundo ele, houve agressões e lesão corporal mútua, mas garante que os disparos de arma de fogo não foram efetuados pelos funcionários.

Após a confusão, duas viaturas da Polícia Militar do Centro e duas da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) foram até o local e não encontraram armas com os funcionários que faziam a segurança.

“Foi feita uma vistoria no estabelecimento e os quatros funcionários foram apresentados para a Polícia”. O coordenador de segurança explica que já foi feito um relatório e será encaminhado para a Polícia Federal, órgão que fiscaliza a segurança privada no Brasil.

Nos siga no Google Notícias