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Capital

Enquanto ladrões explodem caixas, Cigcoe tem detector, mas está parado

Nadyenka Castro | 05/03/2012 11:39

Enquanto ladrões agem constantemente, equipamento da Cigcoe que detecta explosivo está parado por falta de manutenção

Perícia recolhe provas no último caixa eletrônico explodido na Capital, em 14 de fevereiro. (Foto: Fernando da Mata)
Perícia recolhe provas no último caixa eletrônico explodido na Capital, em 14 de fevereiro. (Foto: Fernando da Mata)

Mais um caixa eletrônico foi explodido por bandidos em Mato Grosso do Sul. Na madrugada desta segunda-feira, o alvo foi um caixa que fica no interior de um supermercado da região central de Paranaíba, município que fica a 422 quilômetros de Campo Grande.

Enquanto ladrões agem constantemente no Estado, o único equipamento que detecta explosivo não pode ser utilizado por falta de manutenção.

Três homens quebraram a vitrine do supermercado pouco depois das 3 horas e explodiram o caixa eletrônico. Todo o dinheiro que havia no equipamento foi levado. A quantia ainda não foi informada à Polícia.

O local ficou interditado até a chegada de policiais do esquadrão anti-bombas da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais).

Havia suspeita de que pudesse haver no local mais explosivos, no entanto, quando os policiais chegaram constataram que não havia mais risco de explosão.

Câmeras do comércio flagraram os três bandidos invadindo o local. A explosão não aparece nas imagens.

Outros - Desde o início do ano, foram pelo menos sete arrombamentos a caixas eletrônicos, incluindo o de Paranaíba. Os alvos também foram em Campo Grande, Dourados, Naviraí e Terenos.

Na Capital, o último foi em um que fica em uma farmácia na avenida dos Cafezais, Jardim das Macaúbas, na madrugada do dia 14 de fevereiro. Os ladrões não conseguiram pegar o dinheiro. Nenhum suspeito das ações foi preso.

Equipamento- A Cigcoe recebeu no início de 2007 o X-Spector, equipamento de raio-x que detecta explosivo. O Campo Grande News apurou que o aparelho, um dos poucos do País, operou por dois anos e desde 2009 não é mais utilizado por falta de manutenção.

O equipamento detecta se um material é ou não explosivo. Por exemplo, se uma mala é encontrada abandonada em algum local e há suspeita de bomba, o aparelho é utilizado para verificar se o que há dentro é ou não explosivo.

O aparelho é de origem Belga, possui alta tecnologia e foi adquirido através de convênio firmado com a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), em dezembro de 2006.

Conforme apurado pelo Campo Grande News a manutenção já foi solicitada à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). No entanto, nenhum orçamento foi solicitado. A única empresa que faz manutenção do equipamento fica em São Paulo.

A reportagem já entrou em contato com a Sejusp, que ficou de dar uma resposta sobre o assunto.

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