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Capital

Bernal atribui falta de medicamentos a “pegadinha” de antecessor

Edivaldo Bitencourt e Jéssica Benitez | 26/04/2013 08:26

Há quatro meses no cargo, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), ainda atribui os problemas na saúde ao antecessor. Ele afirmou, em entrevista ao FM Capital, que a falta de medicamentos nos postos de saúde é resultado de uma “pegadinha” deixada pela gestão do PMDB.

Desde fevereiro deste ano, moradores da Capital sofrem com a falta de medicamentos nos postos, desde agulhas para injeção, soro até antibióticos. A situação ficou tão crítica que o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, pediu ajuda do Governo estadual, que é do PMDB e supostamente adversário de Bernal, para reforçar os estoques de remédios.

“Quando entramos, tinham mais de 15 licitações de medicamentos anuladas no final do ano”, denunciou o prefeito. Ele disse que a argumentação do ex-prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) para justificar o cancelamento não tinha mais do que três linhas. “Por não haver mais tempo, anulamos processo licitatório”, contou o progressista.

Na entrevista de hoje, Bernal não citou o decreto de situação de emergência por causa da dengue, que permitia a compra de medicamentos sem licitação. Ele até admitiu que o problema não é falta de dinheiro.

“O Tribunal de Contas do Estado precisa ajudar a resolver esse problema. Dinheiro tem, porque eu fiz economia nesses primeiros dia”, afirmou, falando que encaminhou as denúncias ontem ao TCE.

“A aquisição de medicamentos foi mais uma pegadinha deixada. Hoje, o Tribunal de Contas seguirá em frente mostrando toda a realidade com base em documentos”, garantiu.

Apesar de ter garantido que não houve licitação, o prefeito se contradiz em outra parte da entrevista. Ele disse que encontrou “vencedor que não entregava o produto”.

“Não bastava as calúnias dos veículos de comunicação e boicote de perdedores de eleição, encontramos essas amarras”, justificou o caos na rede pública de saúde desde que assumiu o cargo.

“Hoje vamos ter solução para fazer compra destes medicamentos”, prometeu. E cobrou apoio dos vereadores na Câmara Municipal, onde tem o apoio de apenas seis dos 29 parlamentares. “Agora, vereadores tem que mostrar que gostam de Campo Grande ao invés de aprovar moção de repúdio”, criticou.

Ontem à noite, ele pediu apoio do Sindicato dos Médicos. E alfinetou outros profissionais, que segundo ele, que trabalham com “má vontade”.

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