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Capital

Bernal diz que vai obedecer a Justiça e demissões serão gradativas

Nyelder Rodrigues e Michel Faustino | 17/05/2016 20:50
Funcionários contratados via Omep e Seleta protestaram contra demissões nesta tarde (Foto: Marcos Ermínio)
Funcionários contratados via Omep e Seleta protestaram contra demissões nesta tarde (Foto: Marcos Ermínio)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), confirmou nesta terça-feira (17) após encontro com os funcionários contratados por meio de convênio com Omep (Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar) e Seleta Sociedade Caritativa Humanitária, que as demissões dos mesmos serão feitas de forma gradativa.

Na manhã de hoje, cerca de 200 trabalhadores contratados por essas instituições se reuniram no Centro da Capital e seguiram até a prefeitura para protestar contra possível demissão em massa de 4,3 mil terceirizados, conforme decisão judicial que atende pedido do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul).

Um levantamento já identificou aproximadamente 500 funcionários com irregularidades diversas. "De pronto posso dizer que 120 da Seleta que estão com altos salários e não desempenham funções tidas como essenciais serão demitidos", explica Bernal, que tenta tranquilizar os demais funcionários.

"Não podemos demitir de uma hora para outra todos esses contratados, principalmente aqueles que trabalham e são essenciais para o funcionamento dos locais para onde foram designados", frisa o prefeito.

Em reunião com representantes dos trabalhadores, Bernal assegurou que quem está efetivamente trabalhando que não será dispensado agora. Em contraponto, segundo o Bernal, a promessa dos contratados era a de descartar uma greve.

Irregularidades - O Ministério Público impetrou ação na Justiça pois constatou que os contratos firmados pela Omep e Seleta estão recheados de irregularidades, como altos salários incompatíveis com a função e acima do recebido por outros que exercem o mesmo trabalho, além de pessoas que recebiam mas não trabalhavam.

Nos autos do processo, a Justiça já identificou preso há mais de dois anos, mas que foi contratado como vigia da Seleta, por exemplo. Também há moradora e trabalhadora de outro município admitida como coordenadora de cursos. Na própria decisão, o magistrado diz que estes são apenas alguns dos casos ilegais.

O Ministério Público, por sua vez, promete seguir com as investigações e pedido de punição dos possíveis envolvidos. As demissões atingiriam 4,3 mil postos de trabalho ocupados na prefeitura, o que poderia prejudicar a oferta serviços públicos como escolas e creches caso a prefeitura não faça uma rápida substituição desses funcionários.

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