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Capital

Bernal recebe contraproposta de professores, mas não dá prazo para responder

Mariana Lopes | 07/05/2013 13:45
Professor Edivaldo comunica aos colegas o posicionamento de Bernal e categoria reprova resposta do prefeito (Foto: Vanderlei Aparecido)
Professor Edivaldo comunica aos colegas o posicionamento de Bernal e categoria reprova resposta do prefeito (Foto: Vanderlei Aparecido)

Após atender uma comissão de 11 professores em seu gabinete, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), recebeu a contraproposta da categoria, disse que iria avaliar, mas não deu um prazo para responder se irá acatar ou não o pedido dos docentes.

Quando o representante da base na Comissão de Organização, o professor Edivaldo Bispo Cardoso, foi anunciar o posicionamento de Bernal, foi recebido por vaias e questionamento dos docentes, que esperavam por uma resposta concreta e positiva do chefe do executivo.

De acordo com Edivaldo, Bernal recebeu muito mal a comissão de professores, com gritos e ameaças. O representante da base disse que o prefeito chegou a apontar o dedo na cara dos docentes e perguntou em qual local eles trabalhavam, na tentativa de intimidar.

“O que encontramos foi um prefeito com síndrome de perseguição, grosso, deselegante, ele andava para cima da gente, tentando colocar medo. Ele não gosta de ser questionado e não tem controle emocional”, apontou Edivaldo.

Depois de dar o recado do prefeito, o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, convocou os professores a retornarem para a sede do sindicato e abrirem nova assembleia para decidir o próximo passo da categoria diante do posicionamento de Bernal. De acordo com Edivaldo, a greve não está descartada.

Para a professora Edna Bazachi, de 46 anos, ainda há esperança de o prefeito ceder. “Ele precisa enxergar que a categoria está insatisfeita com a proposta dele, é um salário injusto que ele quer nos dar, e outra, na campanha ele (Bernal) disse que a educação era prioridade”, comentou.

Guardas Municipais fizeram uma barreira na prota do prédio da Prefeitura para não deiuxar os professores entrarem (Foto: Vanderlei Aparecido)
Guardas Municipais fizeram uma barreira na prota do prédio da Prefeitura para não deiuxar os professores entrarem (Foto: Vanderlei Aparecido)

Agressão - Durante o protesto, dois professores foram agredidos por seguranças da Prefeitura. Um deles foi Carlos Antônio Escobar, de 37 anos, que ao entrar no prédio do Paço Municipal tentou ser detido por dois homens, que o arrastaram para um canto e bateram nele, conforme relatou. Carlos estava com o peito vermelho e um galo na cabeça.

O outro professor agredido foi Fabiano Melo de Souza. Ele conta que estava dentro do prédio da Prefeitura quando começou a questionar onde estava o Ministério Público e do Trabalho para investigar a prestação de contas do Bernal sobre o dinheiro gasto em campanha.

Enquanto falava, Fabiano conta que um segurança o empurrou para trás e o professor retrucou dizendo que era mais educado pedir licença. “Daí o cara foi para cima de mim falando que eu era um bosta, e só não me bateu porque outras professoras viram e foram para cima dele”, afirma Fabiano.

Na manhã de hoje, os professores se reuniram em assembleia na sede da ACP e rejeitaram a proposta enviada pelo prefeito, de reajuste de 8% neste ano. Após formularem uma contraproposta, eles foram até a prefeitura, em forma de protesto, para tentar reabrir a negociação do reajuste salarial.

Para fazer a segurança da Prefeitura, aproximadamente 10 guardas municipais estavam espalhados pelo prédio para não deixar os professores entrarem, inclusive fizeram uma barreira na porta do Paço Municipal. Uma viatura da Polícia Militar, com três policiais, também foi acionada para dar reforço.

Os professores exigem reajuste de 31,68%, para elevar o piso da categoria para R$ 1.567 para 20 horas semanais. O prefeito aceita pagar até maio de 2015. A nova proposta da categoria é atingir o piso até maio de 2014.

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