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Capital

Boate ou amigos podem ser indiciados por dar bebida a garoto que morreu

Luana Rodrigues | 14/11/2016 15:57

A polícia vai apurar a responsabilidade pela morte de Guilherme Simplício Nunes, 17 anos. O adolescente morreu após participar de uma festa open bar, na noite de sábado (12), em um bar localizado nas proximidades da Uniderp, no Bairro Antônio Vendas, em Campo Grande.

Segundo o delegado plantonista que atendeu o caso, Tiago Macedo, caso se confirme que o garoto passou mal após beber na festa do bar, os donos do estabelecimento podem ser responsabilizados. E mesmo que ele não tenha bebido dentro da festa, qualquer pessoa que tenha servido bebida alcoólica ao garoto pode ser responsabilizada. 

“Primeiro a polícia vai apurar se existiu essa festa, quem era o organizador, se era do bar, ou se ele bebeu fora de lá com algum colega. Mas, com certeza quem serviu essa bebida a ele deve ser responder criminalmente por ferir o Eca (Estatuto da Criança e Adolescente) até por homicídio”, disse.

Crime - De acordo com o promotor da Vara da Infância, Adolescência e Juventude, Sérgio Harfouche, a pessoa que vender ou fornecer bebida a menores de idade, deve ser responsabilizada pelo crime, que prevê de 2 a 4 anos de detenção e multa de R$ 3 mil a R$ 10 mil.

O promotor explica que antes quem fornecia bebida a menores de 18 anos respondia por contravenção penal. Porém em 2015, o ECA reescreveu o artigo 243 e passou a ser expressamente proibido fornecer ou vender bebidas alcoólicas a adolescentes ou qualquer produto que cause dependência.

Vômito e morte - O estudante está sendo velado em casa, na Rua Eugênio Peron, no Jardim Zé Pereira. Abalados com a situação, os familiares não quiseram falar com a equipe do Campo Grande News, que foi até o local nesta manhã. Uma colega de sala da vítima, contou que Guilherme estudava em uma escola Estadual do bairro e cursava o 3º ano do ensino médio.

Segundo a menina, a informação que circula entre os amigos é de que Guilherme pode ter morrido engasgado com o próprio vômito. “Ele não era acostumado a beber", diz a colega que descarta o uso de drogas.

Ainda conforme a garota, os amigos que acompanhavam a vítima contaram que Guilherme saiu do bar, caiu na rua e bateu com a cabeça. “Ele sentiu ânsia e acabou se afogando com o vômito. Ainda não estamos acreditando no que aconteceu. Ele era extremamente inteligente e divertido”, lamenta.

O caso foi registrado como morte a esclarecer e a polícia espera o resultado do laudo do exame necroscópico realizado pelo Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para apontar a causa da morte do adolescente.

“Ainda não temos certeza de nada. O caso será investigado pela Dpca (Delegacia de Proteção a Criança e adolescente) que vai apurar todas as circunstâncias da morte”, finalizou o Macedo.

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