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Capital

Bombeiros encontram problemas em 90% dos hidrantes de Campo Grande

Aliny Mary Dias | 23/05/2013 10:22
No dia 7 de maio, falta de água em hidrante atrapalhou combate a incêndio no Planeta Real.
No dia 7 de maio, falta de água em hidrante atrapalhou combate a incêndio no Planeta Real.

A situação dos 97 hidrantes instalados em Campo Grande foi assunto de um levantamento produzido pelo Corpo de Bombeiros e entregue a Águas Guariroba no início da semana. De acordo com o coronel Jairo Kamimura, do comando metropolitano dos Bombeiros, 90% dos hidrantes da Capital têm problemas de funcionamento.

Os dois incêndios que destruíram as lojas Planeta Real e Prisma, esse mês no Centro, motivaram a conclusão do relatório. Segundo Kamimura, além da concessionária, o documento também foi entregue para a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande).

O maior problema apontado pelo documento é que os hidrantes não têm vazão e pressão suficiente para uso durante os combates em incêndio.

“Chegamos a conclusão que nenhum dos 97 hidrantes já existentes passam por manutenção e essa responsabilidade é da concessionária. Fizemos o questionamento e eles ficaram de fazer uma nova avaliação para confirmar os problemas que encontramos”, afirma o coronel.

Kamimura explica que entre o fim de 2011 e início de 2012 foi produzido o último levantamento sobre os hidrantes que apontou a necessidade de instalação de 77 novos equipamentos em várias regiões da cidade.

Na época, a Águas Guariroba informou à corporação que os hidrantes só poderiam ser instalados após a consolidação do Plano Municipal de Hidrantes, que ainda não foi concluído.

Mesmo com o pedido anterior não atendido, o coronel afirma que no relatório entregue no início da semana foi solicitado um novo estudo para que outros equipamentos sejam instalados. “Além daqueles 77 que já havíamos pedido, a nova norma técnica aprovada exige um estudo atual para saber quantos hidrantes teremos que implantar”, diz o coronel.

A assessoria de imprensa da Águas Guariroba informou que para realizar a manutenção dos hidrantes é necessária uma vistoria dos Bombeiros apontando quais problemas cada equipamento apresenta. Segundo a empresa, o relatório entregue apresenta quais são os hidrantes defeituosos.

Uma reunião entre a concessionária, a Agereg e o Corpo de Bombeiros está marcada para o dia 14 de junho quando um plano de instalação será criado em conjunto e depois será definida a quantidade de novos hidrantes necessários para a cidade.

Combate - A maioria dos equipamentos que auxiliam os Bombeiros no combate aos incêndios está na área central de Campo Grande e são antigos. A corporação afirma que com o crescimento de comércios e prédios nos bairros, os equipamentos também são necessários nessas regiões.

“Temos muitas escolas, ginásios e edificações afastadas no Centro que podem ser focos de incêndio. Por isso precisamos que todos esses hidrantes estejam em pleno funcionamento”.

Os hidrantes não são só necessários em grandes combates, a exemplo das duas lojas destruídas no centro. Em incêndio em veículos ou residência, por exemplo, os militares chegam a usar 200 mil litros de água.

Atualmente a corporação possui uma frota que consegue armazenar 31 mil litros de água. A viatura auto tanque tem capacidade para 10 mil litros, a carreta Scania pode levar 20 mil litros e a um ABT auxilia com 5 mil litros de água.

Os Bombeiros da Capital também contam com três viaturas tipo ABR que armazenam 2 mil litros de água cada.

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