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Capital

Briga por comando de sindicato envolve Polícia, Justiça e Bernal

Edivaldo Bitencourt e Aline dos Santos | 14/03/2013 16:20
Briga por sindicato que representa servidores está acirrada em época de conflitos (Arquivo)
Briga por sindicato que representa servidores está acirrada em época de conflitos (Arquivo)

A disputa pelo comando do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), que representa 13,5 mil funcionários públicos, pegou fogo nesta semana. Além de contar com investigação policial, a guerra fratricida envolve o prefeito Alcides Bernal (PP) e já foi parar no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

O último ato, antes da assembleia geral prevista para hoje à noite, foi a publicação de editais no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) convocando os funcionários para definir o índice de reajuste nos salários.

Enquanto o atual presidente da entidade, Marcos Tabosa, ensaia endurecer o jogo com o atual prefeito, ao bancar um reajuste superior aos 9% do salário mínimo neste ano, o outro grupo, sob o comando da ex-presidente, Maria das Dores Rocha, anunciou reunião para formar uma comissão provisória para gerir o sindicato.

Tabosa acusa Bernal de patrocinar o outro grupo com o interesse de destitui-lo do poder. “O Bernal quer dar o golpe”, acusa o sindicalista. Como exemplo do apoio do executivo ao grupo liderado por Maria das Dores, ele citou o edital, publicado ontem, com todas as letras em caixa alta, o telefone de contato ser de um dos gabinetes na Prefeitura e da reunião, amanhã de manhã, acontecer no Paço Municipal.

Prefeito, segundo sindicalista, quer tira-lo do cargo de presidente (Arquivo)
Prefeito, segundo sindicalista, quer tira-lo do cargo de presidente (Arquivo)

Apropriação – Já Maria das Dores rebate o sindicalista, citando o inquérito policial para investigar suposto desvio de dinheiro por Marcos Tabosa. Ele é acusado de se apropriar de R$ 9 mil da entidade.

No entanto, nesta semana, o Tribunal de Justiça negou pedido do grupo oposicionista para destituir Tabosa do cargo. A Justiça determinou que ele permaneça no comando do Sisem até a conclusão do caso pela Polícia. Tabosa nega as acusações.

Já sobre o fato de estar sendo patrocinada por Bernal, Maria das Dores diz que não vai se manifestar, porque a acusação é feita por “elementos criminosos”.

Contudo, ela admite que o prefeito tem interesse em “fazer nova estrutura para não dialogar” com o atual presidente. Tabosa e Bernal andaram trocando acusações logo após a posse neste ano.

Reajuste - O Sisem representa 13,5 mil servidores do município e começa a negociar o reajuste do servidores. A direção é estratégica para evitar novos problemas ao atual prefeito, que já vê a oposição dominar a Câmara Municipal
Hoje e amanhã, a categoria, sob o comando de Tabosa, realiza reuniões para definir os índices de reajuste salarial e enumerar uma série de pedidos, como gratificações e benefícios.

E a previsão indica mais trovoadas do que céu brigadeiro para o prefeito daqui pra frente. Tabosa avisa que o não pagamento da gratificação do Pro-Funcionário, para 400 servidores da educação, pode gerar a primeira greve geral do funcionalismo municipal contra Bernal.

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