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Capital

Buracos tumultuam o trânsito em avenida que ainda não foi inaugurada

Ricardo Campos Jr. | 07/02/2016 08:40
Galho colocado em buraco para sinalizá-lo (Foto: Fernando Antunes)
Galho colocado em buraco para sinalizá-lo (Foto: Fernando Antunes)
Crateras ocupam praticamente uma das faixas (Foto: Fernando Antunes)
Crateras ocupam praticamente uma das faixas (Foto: Fernando Antunes)

Duas crateras ocupam quase uma das faixas na Avenida Júlio de Castilho há pelo menos cinco meses, segundo garantem empresários e trabalhadores da região. A via recebeu investimento de R$ 18 milhões em recapeamento e revitalização, mas a obra sequer foi concluída e inaugurada oficialmente. Mesmo sendo linha de ônibus e um dos pontos mais movimentados da Capital, ainda não entrou no cronograma da operação tapa-buraco.

Para o mototaxista Moisés Galdino, 43 anos, o local simplesmente foi esquecido pelo poder público, já que outras ruas no entorno já foram consertadas pelas equipes que estão cuidando da operação tapa-buraco na cidade, passando aos cidadãos a impressão de que o município simplesmente resolveu evitar a Júlio de Castilho.

“A prefeitura está perdida. Uma quadra abaixo se tampa um buraco e na quadra de cima finge que não vê”, reclama.

Ônibus, carros, motos e bicicletas brigam por espaço ao passar no trecho problemático, próximo ao cruzamento com a Avenida dos Crisântemos. A Júlio de Castilho é estreita e apresenta grande fluxo durante todo o dia. Motoristas não têm outra opção senão parar até que haja espaço na faixa da esquerda para desviar, pois foram colocados galhos na tentativa de sinalizar as fendas, sendo impossível passar sobre elas.

“A pergunta é: por que um buraco desses fica aberto por tanto tempo em uma avenida movimentado como essa?”, questiona Galdino.

Para ele, isso reflete o descaso do poder público para com os cidadãos, que não vêem retorno nos impostos que deveriam ser revertidos para melhoria da mobilidade, como IPTU e IPVA. “Nós nos sentimos lesados, porque sabemos que de alguma forma pagamos por isso”.

Para Fagner, prefeitura só vai agir quando houver uma tragédia no local (Foto: Fernando Antunes)
Para Fagner, prefeitura só vai agir quando houver uma tragédia no local (Foto: Fernando Antunes)

Fagner Guimarães, 32 anos, que também é mototaxista, acredita que o município só irá tomar uma providência quando as crateras provocarem alguma desgraça.

“Vai ter que morrer alguém, um pai de família, para eles virem tampar esse buraco, porque em Campo Grande é assim, uma tragédia prevista”.

A empresária Dalvana Rodrigues Jara, 22 anos, conta que as fendas chegaram a ser tampadas no decorrer do ano passado, mas voltaram a abrir. Pouco a pouco elas foram atingindo a dimensão atual. “Parece que tem algum tipo de vazamento por baixo”, pontua.

Essa situação a deixa indignada, já que a Júlio de Castilho é uma avenida nova e já apresenta vários problemas.

“É nosso dinheiro pessimamente investido, infelizmente. É novo, o asfalto deveria estar impecável, não tem nem três anos direito e está assim. Você vai andando e no decorrer da avenida as tampas de esgoto estão fundas, buracos que eles jogam apenas ‘um negocinho’ em cima só para cobrir mesmo. Esse recapeamento que eles fizeram é de péssima qualidade”, pontua.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou ao Campo Grande News que a Avenida Júlio de Castilho não foi um dos alvos da operação tapa-buraco justamente por ter passado recentemente por obras de revitalização, que ainda estão na garantia. Dessa forma, o município promete acionar a empresa responsável pelo serviço para que ela faça os reparos.

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