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Capital

Cães atacaram 1.423 pessoas neste ano na Capital, segundo o CCZ

Renan Nucci | 24/06/2014 08:33
Homens do CCZ recolhem cão que assustou moradores na Vila Planalto. (Foto: Marcos Ermínio)
Homens do CCZ recolhem cão que assustou moradores na Vila Planalto. (Foto: Marcos Ermínio)

Cães atacaram 1.423 pessoas de janeiro a maio deste ano em Campo Grande, segundo levantamento realizado pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). Outros 49 ataques foram de gatos, conforme dados divulgados por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura.

O caso mais recente aconteceu no último dia 18, na Vila Planalto, quando uma cadela da raça pitbull atacou uma pessoa e dois cães. Na ocasião, o animal solto foi até à Rua Netuno, onde avançou contra o vira-latas de um aposentado.

Em seguida, atacou o poodle de um advogado que precisou intervir e teve ferimentos no braço. De acordo com a veterinária Iara Helena Domingos, do CCZ, casos como este não são muitos comuns. Geralmente, o que mais acontece são "acidentes", quando um humano entra em contato com o cão que ataca instintivamente para se defender.

"As raças mais envolvidas são os vira-latas que representam mais de 95% por casos. Sobretudo, quando cães de grande porte como pitbulls ou rottweilers atacam, os resultados sempre são mais graves, chamando mais atenção da população. Qualquer cão que ameace a integridade física de uma pessoa ou bicho pode ser um potencial agressor" disse Helena.

Criação - Segundo a técnica do CCZ, a agressividade está diretamente relacionada à forma em que o  animal é tratado e o ambiente em que vive. Ela explica que condições inadequadas podem exacerbar o instinto de defesa e dominância inerentes à espécie, sexo, raça ou indivíduo.

"Fatores como domínio territorial, hierarquia social dentro da matilha, posse por objetos, instinto maternal (ninhadas), animal em fuga, dor, medo e sentimento de ameaça podem com certeza desencadear ataques ou agressões defensivas. A presença de crianças com atitudes que possam atuar na irritabilidade de animais, também normalmente é um fator determinante em casos de agressões", explicou.

Em caso de ataques, responsável pelo animal pode responder judicialmente. (Foto: Marcos Ermínio)
Em caso de ataques, responsável pelo animal pode responder judicialmente. (Foto: Marcos Ermínio)

Cuidados – O CCZ ainda alerta que, quando se deparar com um cão em via pública, o transeunte deve, inicialmente, interpretar o comportamento do animal, a fim de evitar um confronto. Olhar direta e fixamente em seus olhos, fazer movimentos bruscos, correr ou gritar, são atitudades desaconselháveis.

"Caso o ataque seja eminente e inevitável, a vítima deverá ficar o mais imóvel possível, defendendo cabeça, pescoço e rosto com os braços, evitando revidar a agressão, o que poderá resultar em mais ferimentos e maior agressividade do animal. Cães em atitudes de acasalamento e se alimentando, são altamente agressivos quando importunados", detalhou.

Animal recolhido - Em caso de agressões em via pública, o cão é recolhido pelo CCZ e fica em observação por um período de dez dias, a contar da data da agressão, conforme recomendação do Ministério da Saúde para a prevenção da raiva. Este período acontecerá nas dependências do órgão ou na residência do proprietário. Cabe lembrar que o responsável pelo animal pode responder juridicamente pelo acidente, caso a vítima formule denúncia contra ele.

Alerta - A principal obrigação do proprietário é manter o bicho preso em domicílio, por meio de barreiras físicas, com muros, telas ou correntes, evitando acesso à via pública e assim riscos de ataques ou acidentes. É recomendado ainda que o cão seja mantido em condições sanitárias adequadas e de bem estar, e ainda, a manutenção da sociabilidade do animal, por meio de passeios com coleiras e guias, evitando comportamentos agressivos.

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