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Capital

Calçadas têm "todos os problemas" para atrapalhar a vida dos pedestres

Bruno Chaves | 24/10/2013 10:02
Calçadas irregulares, desniveladas, com entulhos e até destruídas dificultam a travessia de pedestres (Foto: Marcos Ermínio)
Calçadas irregulares, desniveladas, com entulhos e até destruídas dificultam a travessia de pedestres (Foto: Marcos Ermínio)

Calçadas irregulares, desniveladas, com entulhos e até destruídas dificultam a travessia de pedestres em todos os bairros de Campo Grande, nas regiões periféricas e até central. Bastam alguns passos de caminhada pela cidade que a dificuldade de locomoção aparece.

Com isso, as pessoas com mobilidade reduzida ou temporária, como cadeirantes, deficientes físicos, idosos e outros, são as que mais sofrem na hora de andar pela cidade. “Tem calçada que atrapalha. Acredito que deva existir um padrão e que as calçadas devem ser feitas obedecendo a lei. Com certeza quem mais sofre é o deficiente”, avaliou a advogada Telma Leal, 45 anos.

Apesar de existirem legislações que determinam a acessibilidade nos espaços urbanos e estabelecem especificações para calçadas – Lei Federal 10.098/2000, Lei municipal 3.670 de 29/10/1999 e Decreto Municipal 11.090 13/01/2010 –, poucos lugares estão adequados ao que é imposto pelas leis.

“Ninguém obedece a lei. Teria que ter um dia limite para que todos pudessem arrumar as calçadas”, afirma o microempresário Geraldo Fernandes, 55, que tem uma transportadora na região do bairro Universitário.

Para a empresária Ielita Borges Tavares, 20, que tem um lava-jato na região do Coopharádio, o problema mais comum é o lixo. “As pessoas colocam lixo e entulho tudo em cima das calçadas. Isso atrapalha a caminhada de qualquer pessoa, que tem que usar o asfalto para continuar andando. Agora, imagina quem é cego ou depende de uma cadeira de rodas, o trabalho é pior”, avalia.

A auxiliar de serviços gerais, Daniella Borges Tavares, 27, lembra que calçadas que não possuem concreto, o que acontece principalmente nos bairros, também preocupam. “Eles não colocam cimento e o mato toma conta do espaço. Uma pessoa que está caminhando não vai passar pelo mato. Ela é obrigada a ir para a rua. Aí quem usa a cadeira de rodas, como faz?”, questiona.

Entulhos viram obstáculos e pedestres são obrigados a desviar pelo asfalto (Foto: Marcos Ermínio)
Entulhos viram obstáculos e pedestres são obrigados a desviar pelo asfalto (Foto: Marcos Ermínio)
Bairros centrais e periféricos enfrentam o mesmo problema. Uma calçada irregular atrapalha a outra, que é feita nos moldes corretos (Foto: Marcos Ermínio)
Bairros centrais e periféricos enfrentam o mesmo problema. Uma calçada irregular atrapalha a outra, que é feita nos moldes corretos (Foto: Marcos Ermínio)

Problema percebido com frequência em Campo Grande, bairros nobres e centrais também esbarram na falta de acessibilidade. No Jardim dos Estados, um dos bairros com uma das áreas mais caras da cidade, calçadas desniveladas são as mais frequentes. “Fica fácil de uma pessoa tropeçar e ainda cair. Quem está com carrinho de bebê, com cadeira de rodas e até com bengala. Não é acessível”, opina a autônoma Andréia Cristina de Souza, 41.

Já a aposentada Marieta Pereira de Souza, 66, lembra que os idosos, além dos deficientes, são as principais vítimas das calçadas irregulares. “Para a pessoa de certa idade, é a pior coisa. Ela não consegue andar por causa das dificuldades”, revela.

Fiscalização – O trabalho de fiscalização de calçadas em Campo Grande é feito pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). De acordo com a assessoria da prefeitura, é um trabalho contínuo que visa garantir aos pedestres e às pessoas com dificuldades de locomoção as condições necessárias para transitar na cidade.

Para que o cidadão não enfrente problema por falta de conhecimento, a Semadur fornece guias e manuais de construção de calçadas, que podem ser obtidos gratuitamente no site da secretaria.

Informações sobre os guias e denúncias de irregularidades podem ser obtidas pelos telefones (67) 3314-9536 ou (67) 3314-3541.

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