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Capital

Caminhonete de estudantes mortos seria vendida por R$ 8 mil na Bolívia

Viviane Oliveira e Mariana Lopes | 16/10/2012 12:08
Edson conhecido por Corumbá e Jonilton conhecido por Tia ou Cupim. (Foto: Minamar Júnior)
Edson conhecido por Corumbá e Jonilton conhecido por Tia ou Cupim. (Foto: Minamar Júnior)

Foram apresentados durante coletiva de imprensa na Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos) na manhã de hoje (16) os dois envolvidos no assassinato de Breno Luigi Silvestrini de Araújo e de Leonardo Batista Fernandes, que foram sequestrados e mortos na noite de 30 de agosto, em Campo Grande.

Com a prisão de Edson Natalício de Oliveira Gomes, 22 anos, conhecido por Corumbá, e Jonilton Jackson Leite de Almeida, 24 anos, morador em Corumbá e conhecido por Cupim ou Tia, a delegada responsável pelo caso, Maria de Lourdes Cano, encerra as investigações.

Conforme a Polícia, Edson foi preso na manhã do último domingo (14) na casa dele no bairro Guanandi. O Jonilton se apresentou na delegacia na companhia do advogado dele no final da tarde de ontem (15).

Jonilton foi quem encomendou o veículo e venderia a caminhonete por R$ 8 mil na Bolívia. O dinheiro seria usado para comprar dois quilos de cocaína pura e após ser misturada e revendida no Brasil, à droga renderia R$ 50 mil para a quadrilha.  Jonilton disse que ganharia R$ 900 pelo serviço e usaria o dinheiro para quitar uma dívida com Edson.

A caminhonete do piloto da TAM, Marco Antônio Leão Ramos, 40 anos, morto no dia 1º de agosto, com um tiro no olho, em Anastácio, afirma a Polícia, também foi encomendada por Jonilton. Ele nega.

Segundo a Polícia, Edson foi quem apresentou Jonilton para Rafael. Os dois têm passagens pela Polícia por tráfico de drogas. Além disso, Jonilton tem passagem por roubo e formação de quadrilha e estava foragido da justiça. Os dois vão responder pelos mesmos crimes do restante da quadrilha.

Durante depoimentos, os dois disseram que não sabiam que a caminhonete havia sido roubada e que foi a primeira vez que participaram de uma negociação. Porém a delegada afirma, que a dupla descreveu muito bem a negociação e sabiam do roubo do veículo. “Eles sabiam de muitos detalhes”, destaca, acrescentando que os executores do crime foram Rafael da Costa da Silva e Weverson Gonçalves Feitosa.

Ainda de acordo com Maria de Lourdes, no dia do crime, Rafael, Weverson e Jonilton conversaram três vezes por telefone. O advogado de Jonilton, Marcilio Lins, vai entrar com pedido de habeas corpus para que seu cliente responda em liberdade. "Ele tem que responder só pela negociação", disse.

Além de Weverson e Rafael, estão na cadeia desde o início de setembro: Raul de Andrade Pinto, Dayani Aguirre Clarindo e o irmão de Rafael, - um adolescente. A mulher, esposa de Rafael, foi a primeira a ser presa.

Crime - Breno e Leonardo foram sequestrados logo após terem saído do Bar 21, no bairro Chácara Cachoeira. Os criminosos levaram os rapazes para a saída para Sidrolândia. Na rodovia, os amigos foram agredidos e mortos. A quadrilha roubou a camionete Pajero dos jovens.

Como os estudantes não chegavam em casa, as famílias acionaram a Polícia e as primeiras prisões foram na fronteira com a Bolívia. Com as declarações dos presos, a Polícia chegou até o local onde os corpos foram encontrados. O carro foi recuperado.

Os criminosos já respondem a ação penal. Raul e Weverson tiveram negada escolta especial. Weverson, a pedido da defesa, será submetido a exame de sanidade mental.

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