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Capital

Campo Grande está entre as cinco capitais com maior número de gordinhos

Viviane Oliveira e Paula Vitorino | 13/04/2012 08:25
Conforme o estudo 19,9% dos homens estão obesos contra 16,3% das mulheres. (Foto: Simão Nogueira)
Conforme o estudo 19,9% dos homens estão obesos contra 16,3% das mulheres. (Foto: Simão Nogueira)

Campo Grande está entre as cinco capitais com o maior número da população acima do peso no Brasil. Perde apenas para Macapá, Porto Alegre, Natal e Fortaleza no percentual de gordinhos.

É o que aponta um levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde esta semana, comprovando o aumento do excesso de peso na população.

O aumento das porcentagens de pessoas obesas e com excesso de peso atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Em Campo Grande, 18,1% da população foram entrevistados. Os homens estão mais gordinhos do que as mulheres. Conforme o estudo 19,9% dos homens estão obesos, contra 16,3% das mulheres.

Conforme o estudo, a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7% em 2006, pra 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 1154 para 15%.

O estudo retrata os hábitos da população brasileira e é uma importante fonte para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde preventiva. Foram entrevistados 54 mil adultos em todas as capitais e também no Distrito Federal, entre janeiro e dezembro de 2011.

O problema do excesso de peso entre os homens começa cedo. Entre os 18 e 24 anos já estão acima do peso ideal. Já a proporção em homens com diferença etária de apenas 10 anos - idades entre 25 e 34 anos quase dobra, atingindo 55% da população masculina. Na faixa etária de 35 a 45 anos, a porcentagem alcança 63% dos homens brasileiros.

O envelhecimento também tem forte influência nos indicativos femininos. Um quarto das mulheres entre 18 e 24 anos está acima do peso. A proporção aumenta a próxima faixa etária - 25 a 34 anos de idade, atingindo 39,9% das mulheres, e mais que dobra entre as brasileiras de 45 a 54 anos.

A obesidade é um forte fator de risco para saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes.

Consequências - Pessoas obesas também têm mais chance de sofrer com doenças cardiovasculares, principalmente infarto, trombose, embolia e arteriosclerose, além de problemas ortopédicos, asma, apneia do sono, alguns tipos de câncer e distúrbios psicológicos.

Para o comerciante Gilberto Veloso, de 46 anos, o que falta para manter a boa forma é exercício físico. “Não faço exercício, mas acho que como bem, apesar de não ter hábito e tempo para ter uma alimentação adequada”, disse, acrescentando que sempre procura comer salada nas refeições.

Já a psicóloga Cleidir Barbier, 56 anos, procura ter uma alimentação saudável e para estar de bem com a balança faz regularmente exercícios físicos. “O que mais dificulta é conter as vontades, por exemplo, tem um ovo da páscoa fechado até agora lá em casa”, relata.

A enfermeira Hellen Cristina Martins, de 31 anos, ressalta que alimentação poderia ser melhor. “Nós comemos mal porque é habito, aprendemos assim. Os pais têm que ensinar para os filhos desde pequenos que comer fruta, salada e legumes é gostoso e faz bem para a saúde”, afirma, acrescentando que depois para reeducar é mais difícil.

“Meus filhos não comem do jeito que eu queria, mas tento ensina-los a ter uma alimentação mais saudável”, disse a enfermeira.

Para o engenheiro eletricista Fábio Cruz, de 34 anos, comer bem hoje custa dinheiro. “Além da falta de orientação para uma refeição correta e a correria do dia a dia, tem que gastar muito dinheiro para comer bem”, finaliza.

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