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Capital

Depois de reprovação de 90%, candidatos veem mudanças como chance para reverter índice

Paula Maciulevicius | 17/07/2011 16:39

Com 20 questões a menos, bachareis querem diminuir índice de reprovação

Candidatos chegam com antecedência para exame da Ordem. (Foto: Simão Nogueira)
Candidatos chegam com antecedência para exame da Ordem. (Foto: Simão Nogueira)

Candidatos ao exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) tiveram um impulso a mais para realizar a primeira etapa da prova deste ano. Com o escândalo de 90% de reprovação na prova do ano passado, os estudantes buscam, nesta tarde, reverter o elevado índice.

Só em Mato Grosso do Sul, são 2,4 mil inscritos que realizam a primeira fase do exame da OAB.

O candidato Rubilan Lima Oliveira, de 39 anos, está fazendo a prova pela segunda vez, dois anos depois de terminar o curso. “Acho que dá para virar com as mudanças nas regras da prova. Diminuíram as questões, o tempo era muito pouco para o objetivo”, considera.

Para ele, o conteúdo também é fator para a quantidade de reprovações. “Não condiz com a realidade do curso, é muito técnica”, acrescenta.

Em Mato Grosso do Sul teve três faculdades de Direito entre as 90 que não conseguiram aprovar nenhum aluno no último Exame da Ordem do Advogados. Com índice recorde de reprovação este ano, a OAB teve apenas 11,8% de aprovados em todo país.

Em cima disso, o candidato João Pedro de Oliveira, 28 anos, nem dá margem para outra resposta e explica “é o interesse dos estudantes mesmo, é a nossa parte. Só estudando mesmo e criar vergonha na cara”, diz sobre como mudar o cenário de aprovação no Estado.

Para Rubilan, mudanças na prova é chance para reverter índice de reprovação. (Foto: Simão Nogueira)
Para Rubilan, mudanças na prova é chance para reverter índice de reprovação. (Foto: Simão Nogueira)

Já o candidato Samuel Gomes, 30 anos, que está na terceira tentativa deu a fórmula de quem acredita que dessa vez passa. “Diminuíram as questões e eu mudei meu método de estudo. Fico até tarde depois do expediente estudando”, conta.

Vexame - De 106.891 bacharéis em direito inscritos em todo Brasil, só 12.534 passaram pelo teste. O percentual de aprovação média nacional é o mesmo atingido pelos acadêmicos de Mato Grosso do Sul que representaram 14 faculdades no Exame.

Na lista de piores desempenhos estão a Faculdades Integradas de Paranaíba – Fipar, o Instituto Campo Grande de Ensino Superior – ICGES e Instituto Mato Grosso do Sul de Educação e Cultura – Ismec.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, pedirá ao ministro Fernando Haddad que o Ministério da Educação (MEC) supervisione as faculdades de direito em que nenhum bacharel tenha sido aprovado no exame da entidade. Na última edição, 81 das 610 faculdades de direito do país não tiveram qualquer egresso aprovado pela OAB.

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