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Capital

Cansado após perder tudo 3 vezes, comerciante abandona Rachid Neder

Aliny Mary Dias | 02/02/2014 09:05
José vai mudar o negócio de lugar esse ano (Foto: Marcos Ermínio)
José vai mudar o negócio de lugar esse ano (Foto: Marcos Ermínio)

A demora na obra de canalização do córrego Cascudo, localizado na região da Avenida Rachid Neder, no bairro Monte Castelo na Capital, traz mais problemas do que causar alagamentos e deixar moradores e um condomínio “ilhados”. Para quem tem comércio na região os prejuízos já passaram de R$ 40 mil em três fortes chuvas dos últimos anos.

José Antônio, 42 anos, está há 15 anos no ramo de gariba e polimento de veículos e há 6 anos tem o negócio no cruzamento da Rua José Alberto Pereira com a Avenida Rachid Neder, bem próximo da rotatória principal do bairro.

O proprietário que tira do negócio o sustento da família precisou recomeçar três vezes em razão dos estragos trazidos pela chuva. A primeira chuva que alagou o local ocorreu em 2009, de lá pra cá, o volume de água só aumenta e os recursos de José diminuem.

“Eu perdi tudo três vezes. A última vez foi a mais complicada, no começo do mês a chuva invadiu tudo e inundou quatro carros que estavam aqui. Os motores dos carros fundiram e eu tive um prejuízo de R$ 25 mil”.

A forte enxurrada que sai levando tudo o que tem pela frente é um acúmulo de água de avenidas como a Ceará e bairros como Coronel Antonino. As águas chegam a metade de muros com 1,5 metro de altura e assusta os moradores.

Rotatória é famosa pelos alagamentos constantes (Foto: Marcos Ermínio)
Rotatória é famosa pelos alagamentos constantes (Foto: Marcos Ermínio)

“A gente precisa correr, já passamos por situação de um motociclista quase morrer arrastado embaixo de um carro. É um desespero pra todo mundo”, completa o proprietário do centro de estética veicular.

Os prejuízos já foram tantos e a revolta é tão frequente que José decidiu ir embora do lugar. Este é o último ano que ele mantém o negócio no terreno. O proprietário quer vender o espaço e ir embora. “Não tem mais como, já tive que vender meu carro pra cobrir os prejuízos”, diz. Até um muro ele já construiu no lugar de portões que foram destruídos pela chuva do dia 4 de janeiro.

Solução – Diante dos problemas que já se tornaram rotina na região, o chefe da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, disse recentemente qual a solução para resolver o problema.

Segundo ele, 12 casas ficam alagadas no local e já existe um projeto para a obra de drenagem do córrego Cascudo. Os trabalhos estão orçados em R$ 15 milhões e tudo depende de liberação de verba do Governo Federal.

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