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Capital

Cansados de onda assaltos, estudantes vão às ruas em protesto

Filipe Prado | 06/10/2015 11:21
Os alunos protestaram contra a violência na região (Foto: Marcos Ermínio)
Os alunos protestaram contra a violência na região (Foto: Marcos Ermínio)

Por semana pelo menos 10 alunos são vítimas de roubos nas proximidades da Escola Estadual Blanche dos Santos Pereira, no Jardim Tijuca I. Indignados com a falta de segurança e amedrontados com a situação, os quase 800 alunos da escola realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (6) pedindo segurança no bairro.

A diretora da escola,Rosely Dahir Sabatin, contou que os casos acontecem desde 2013, mas se agravaram no começo deste ano. “Por semana, ocorrem de oito a 10 assaltos na região”, ressaltou. “Queremos o direito de ir e vir com segurança”, completou.

Como a maioria dos alunos é adolescentes, a diretora apontou que eles ficavam com os celulares amostra. Mas, por conta do aumento da violência, eles estão tomando todos os cuidados, porém os roubos estão ocorrendo com mais frequencia “Os assaltantes pedem o celular e se o aluno não tiver, eles batem”, contou a diretora.

Rosely lembrou que duas estudantes foram agredidas em frente à escola, uma sendo arrastada e até jogada ao chão. A estudante Rafaela Miranda Gomes Ribeiro, 18, foi uma das últimas vítimas dos bandidos. Ela teve o celular e R$ 250 roubados às 6h30 da manhã, quando chegava ao colégio. “Ele colocou a arma na minha cabeça e fez roleta russa. Graças a Deus a arma falhou”, disse.

Kauê foi a última vítima dos assaltantes (Foto: Marcos Ermínio)
Kauê foi a última vítima dos assaltantes (Foto: Marcos Ermínio)

Kauê de Brito Nunes, 16, também foi assaltado. O caso dele aconteceu ontem (5), às 18h30, quando ele se dirigia para o colégio. Por conta da violência, ele mudou o turno dos estudos para o horário matutino, porém acredita que não está seguro no bairro.

“Isso é muito ruim. Todo dia acontece um assalto. Teve uma vez que quatro pessoas foram assaltos em uma única vez. Amigos meus estão sendo assaltados”, pontuou o estudante.

A colega de Kauê, Rafaela, apontou que a região precisa de um policiamento maior, nos horários de entrada e saída dos alunos. Mas a diretora afirmou que a escola solicitou rondas policias, porém eles realizam o percurso de duas a três vezes na semana e somente em horários que os alunos estão em sala de aula.

Um dos organizadores da passeata, Tércio Gomes, 42, presidente da associação dos moradores do Jardim Tijuca I, assegurou que a violência não está somente ao redor da escola, mas no bairro todo. Várias famílias têm sido vítimas dos bandidos, sendo rendidas e até sequestradas na região.

O Campo Grande News procurou a assessoria de imprensa da Polícia Militar, para saber sobre o policiamento e a violência no Tijuca, mas até o momento a solicitação não foi respondida.

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