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Capital

Capacitação deve diminuir comercialização de medicamentos falsificados

Mariana Lopes | 27/03/2013 13:04
Vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia dá dicas de como identificar medicamentos falsificados (Foto: Marcos Ermínio)
Vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia dá dicas de como identificar medicamentos falsificados (Foto: Marcos Ermínio)

De 2011 a março deste ano, o número de apreensões de medicamentos falsificados aumentou muito mais do que o dobro. De olho nesta problemática, policiais, fiscais da vigilância sanitária e farmacêuticos passam por uma capacitação que deve melhorar a fiscalização e reduzir a comercialização destes produtos.

O workshop “Combate aos Medicamentos Ilegais”, promovido pelo CRM/MS (Conselho Regional de Farmácia) e pela Interfarma, é para capacitar os profissionais de manuseio, vigilância e repressão quanto aos riscos da utilização de produtos farmacêuticos falsificados, e também instruí-los sobre itens que ajudam na identificação.

De acordo com o vice-presidente do CRF/MS, Wilson Hiroshi Uehara, algumas instruções mais específicas e laboratoriais são passadas somente aos profissionais. Mas ele dá dicas aos consumidores que podem facilitar na hora de identificar algum produto falsificado.

O primeiro é em relação ao selo de qualidade, que deve, obrigatoriamente, vir na caixa do medicamento e não deve estar raspada. Outra dica é sobre o lacre das caixas, tanto o interior quanto o adesivo transparente que vem na tampa. Nenhum deles podem estar violados.

O consumidor também pode identificar um produto falsificado pelo lote, que deve ser o mesmo da caixa e das cartelas, no caso de comprimidos, ou do frasco, em caso de líquido. Além disso, na caixa de todo medicamento deve ter um número de registro do Ministério da Saúde.

Ainda conforme o vice-presidente do conselho, essas observações devem ser feitas ainda nas drogarias, e caso haja alguma irregularidade, a pessoa não deve comprar o remédio, e denunciar o produto para a vigilância sanitária ou ir a alguma delegacia fazer o boletim de ocorrência.

A pena para este tipo de crime vai de 10 a 15 anos de prisão, de acordo com o delegado titutal da Denar (Delegacia Especializada de Narcotráfico), Adriano Garcia Geraldo.

Capacitação foi voltada a policiais, fiscais da vigilância sanitária e farmacêuticos (Foto: Marcos Ermínio)
Capacitação foi voltada a policiais, fiscais da vigilância sanitária e farmacêuticos (Foto: Marcos Ermínio)

Apreensões - Em 2011, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 68.784 unidades de medicamentos. No ano passado, esse número subiu para 83.081. E até o dia 25 de março deste ano, foram 111.822 medicamentos apreendidos, número bem superior se comparado ao mesmo período em 2012, quando foram apreendidas 1.556 unidades.

Sobre o elevado número de apreensões neste ano, a PRF explica que se deve ao equipamento de raio-x que começou a ser usado em dezembro e que detecta qualquer produto ilícito.

O inspetor da PRF, Tércio Baggio, diz que os números têm grande variação porque o crime de medicamentos ilegais não é como o mercado da droga. “Tem um fluxo de público maior e mais constante para a importação de ilícito. As apreensões variam ao mesmo passo para a droga. Mas a medicação é trazida de forma esporádica”, comenta.

Entre os medicamentos mais apreendidos estão anabolizantes e para disfunção erétil.

“Toda medicação que vem do Paraguai, se não vem do laboratório ou não está em carro oficial, então está irregular e tudo é apreendido. Não tem como trazer de forma regular por este método de colocar no carro”, completa.

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