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Capital

Capital cresceu muito depois da divisão, dizem os que adotaram MS

Viviane Oliveira | 11/10/2013 12:10
Bandeira do Estado hasteada próximo a cabeça de boi, na avenida Noroeste. (Foto: Cleber Gellio)
Bandeira do Estado hasteada próximo a cabeça de boi, na avenida Noroeste. (Foto: Cleber Gellio)

No dia em que Mato Grosso do Sul completa 36 anos, quem testemunhou a divisão, tendo se mudado para o Estado quando era tudo Mato Grosso, tem muita história para contar, especialmente aqueles que vieram para cá por escolha.

Suboficial da reserva da aeronáutica, Carlos Alberto de Carvalho, 73 anos, veio para Campo Grande, em 1981, por opção. O alagoense morava em Guaratinguetá (SP), quando foi informado que seria transferido. Na época foram dadas três opções, Canoas (RS), Florianópolis (SC) e Campo Grande.

Carlos não teve dúvida, optou pela cidade morena e afirma que se deu muito bem por aqui, no entanto, reclama apenas da guerra que se travou entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul por causa do nome. “Não tem Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte, então, para acabar de vez com a confusão, Mato Grosso deveria ser do Norte”, destaca.

Com três filhas e três netos, sul-mato-grossenses, Carlos se orgulha em dizer que não se arrepende da escolha que fez, quando o estado tinha apenas 4 anos. “Aqui é um lugar muito bom para se viver”.

Hoje, com 68 anos, a aposentada Sebastiana Maria Ferreira, tem a mesma opinião. Ela conta que quando foi anunciada a divisão, todo mundo, do lado de cá, ficou contente, pois antes qualquer coisa para ser resolvido tinha que ser na Capital, Cuiabá. “Era tudo muito longe. Uma coisa eu posso garantir, com a divisão, o Estado cresceu muito para melhor”, comemora Sebastiana, que nasceu em Três Lagoas, mas hoje vive em Campo Grande.

Suboficial da reserva da aeronáutica, Carlos, escolheu Campo Grande para morar. (Foto: Cleber Gellio)
Suboficial da reserva da aeronáutica, Carlos, escolheu Campo Grande para morar. (Foto: Cleber Gellio)
"Uma coisa eu posso garantir, com a divisão, o Estado cresceu muito”, diz Sebastiana. (Foto: Cleber Gellio)
"Uma coisa eu posso garantir, com a divisão, o Estado cresceu muito”, diz Sebastiana. (Foto: Cleber Gellio)

Mesmo para quem está aqui há pouco tempo, como Sebastiana Silva dos Santos, 56 anos, que morava no interior de Alagoas na cidade de Boca do Mato, comemora hoje a divisão. Há 2 anos, ela e o marido, moram em Chapadão do Sul e trabalham em uma usina em Chapadão do Céu (GO). “Troquei meu estado por Mato Grosso do Sul pela tranqüilidade que nós temos aqui”, diz.

Para o taxista, Wilson Pereira Costa, 49 anos, antes da divisão o Norte e o Sul de Mato Grosso viviam em pé de guerra. “Era como Brasil e Argentina, o lado de lá era mais desenvolvido e aqui não, além disso, nós levávamos a pior por estarmos longe da Capital”, explica.

Os dois povos ganharam e se valorizaram com o desmembramento. A frase é do pastor Vanderlei Laurindo, 43 anos, que mora em Itaquiraí. “É uma honra ser sul-mato-grossense. Esses dias fui fazer uma pregação em São José do Rio Preto e ao me anunciarem, disseram o ‘pastor de Mato Grosso’. “Ao subir no púlpito disse com todas as letras: Sou do Mato Grosso do Sul”, conta dando risada.

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