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Capital

Capital precisa de R$ 442 milhões para 154 obras paradas, diz relatório

Paulo Nonato de Souza | 18/01/2017 10:55
Obra de creche parada no Jardim Noroeste, em registro feito em novembro passado (Foto: Marina Pacheco / Arquivo)
Obra de creche parada no Jardim Noroeste, em registro feito em novembro passado (Foto: Marina Pacheco / Arquivo)
Secretário municipal de Infraestrutura, Rudi Fiorese, divulgou balanço das obras inacabadas em Campo Grande (Foto: Arquivo)
Secretário municipal de Infraestrutura, Rudi Fiorese, divulgou balanço das obras inacabadas em Campo Grande (Foto: Arquivo)

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), herdou da gestão anterior 80 obras paradas, 17 em andamento, 31 dependendo de licitação e 26 com contratos rescindidos antes mesmo de serem iniciadas, total de 154 edificações em compasso de espera, e precisará investir R$ 442 milhões para que todas sejam concluídas, revelou o levantamento divulgado nesta quarta-feira, 18, pela Secretaria Municipal de Infraesrutura e Serviços Públicos.

De acordo com o relatório, o pacote de obras paradas inclui nove Ceinfs (Centros de Educação Infantil) inacabados, orçados em R$ 20,1 milhões, e apresentam um saldo contratual de R$ 6,5 milhões, insuficientes para concluir as unidades. Cita que no Jardim Noroeste, por exemplo, consta que a obra do Ceinf está 85% concluída. “Porém, o abandono e falta de vigilância acabou contribuindo para depredação da construção, que se tornou abrigo para famílias sem moradia”, ressalta.

“Provavelmente, em muitos dos Ceinfs, vândalos roubaram fiação, instalação hidráulica, janelas e isto terá que ser reposto. O Governo Federal não vai aumentar o valor original do convênio. O dinheiro que vai faltar, para deixar os prédios em condições de uso, terá que sair da receita da prefeitura”, disse o secretário municipal de Infraestrutura Rudi Fiorese.

Segundo ele, para estas obras a prefeitura precisará desembolsar R$ 4,1 milhões de contrapartida, que se somará a R$ 2,4 milhões do Governo Federal.

Nas áreas da saúde e educação, a lista de obras inacabadas tem oito unidades médicas com saldo de R$ 1,9 milhão em recursos do Governo Federal e necessidade de investir R$ 1,1 milhão de contrapartida, sem levar em conta as atualizações, 28 salas modulares, que exigirão mais R$ 2,6 milhões do tesouro e R$ 2,8 milhões para término de duas escolas no Parati e no Jardim Varandas do Campo.

INFRAESTRUTURA - A prefeitura precisará concluir 25 obras de pavimentação e que estão paradas, duas licitadas e não iniciadas, 31 frentes de serviço por licitar e cinco em andamento, que totalizam aproximadamente 200 quilômetros de recapeamento e pavimentação. Para estas obras há um saldo de R$ 236,7 milhões de um financiamento de R$ 311,7 milhões contratado junto à Caixa Econômica Federal via PAC Pavimentação. Do valor emprestado, só foram investidos R$ 75 milhões com 24% das obras executadas.

Além disso, faltam licitar as pavimentações dos bairros Nova Campo Grande (orçada em mais de R$ 80 milhões); Vila Nasser (R$ 15 milhões); José Tavares (R$ 12,6 milhões); Jardim Anache (R$ 7,8 milhões) e do Nova Lima, que só teve uma etapa licitada (R$ 20,9 milhões). Há outras cinco frentes de asfalto paradas: obras financiadas com recursos da União para atender o Jardim Nashivelle; Aero Rancho; Cidade Morena; além de drenagem no Jardim Botafogo e Residencial Ramez Tebet.

PARQUES LINEARES - Na região do Segredo a construtora desistiu e rescindiu o contrato que previa a ligação da Avenida Heráclito Figueiredo a região do Nova Lima. Também faz parte da lista a urbanização do Córrego Bálsamo com abertura de uma avenida que começa no macro anel rodoviário e termina na Avenida Guaicurus, próximo do Museu José Antônio Pereira. A obra de R$ 40 milhões ficou travada porque a prefeitura não concluiu a desapropriação de mais de 100 imóveis que ficam no trajeto do prolongamento da Rua Victor Meirelles, abaixo da Avenida Gury Marques.

Outro desafio é a conclusão do anel rodoviário, trecho entre a MS-080 (saída para Rochedo) e a BR-163 (saída para Cuiabá), que está 70% concluído. O prefeito Marquinhos Trad vai pedir junto ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), a prorrogação por mais seis meses do convênio que vence em junho.

Pela explanação da Secretaria Municipal de Infraestrutura, o maior entrave para conclusão da obra é a desapropriação de parte de propriedades que ficam no traçado da rodovia. “Esta é a contrapartida da prefeitura, que na gestão anterior não conseguiu concluir o processo. A obra foi orçada em R$ 27 milhões há sete anos e com as atualizações se aproximará dos R$ 30 milhões. A empreiteira já recebeu R$ 20 milhões e há um saldo de R$ 9,9 milhões”, revela o relatório divulgado hoje.

Observação - Matéria atualizada às 11h16 para correção de informação por parte da assessoria de Comunicação da prefeitura.

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