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Capital

Capital tem 21 bairros em alerta para o risco de epidemia de dengue

Juliana Brum | 03/11/2015 16:19
Vizinhança reclama do mal cheiro e teme contra Dengue (Foto - Gerson Walber)
Vizinhança reclama do mal cheiro e teme contra Dengue (Foto - Gerson Walber)

Campo Grande está com 21 bairros em nível de alerta para a dengue, porque o índice de infestação está acima de 1%, o índice considerado ideal pelo Ministério da Sáude. Conforme o Liraa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti), divulgado na tarde desta terça-feira (3), nestes bairros, o número de imóveis com focos da doença oscila entre 1% e 2,3%.

Segundo o relatório do Centro de Controle de Vetores, da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), 86,2% dos focos foram encontrados em residências. Só 4,3% estavam em terrenos baldios.

Os bairros que estão em estado de alerta são: Coophavilla II, Batistão, Tarumã,Paulista, Carlota, Dr. Albuquerque, TV Morena, Rita Vieira, Itamaracá, Tiradentes, São Lourenço, Guanandi, Taquarussu, Jacy, América, Jockey Club, Piratininga.

Contudo, na média geral, a cidade está com infestação de 0,7%, índice que representa a doença estar sob controle e sem risco de epidemia. O número surpreende porque o lixo tomou conta de ruas, terrenos e avenidas após três greves consecutivas na coleta do lixo na Capital desde a posse do prefeito Alcides Bernal (PP) em 27 de agosto deste ano.

A população afirma que conhece as causas da proliferação do mosquito e diz estar prevenida contra a doença. Porém, a principal queixa é a falta de limpeza dos bairros.

No Bairro Santa Emília, o terreno se transformou em um verdadeiro lixão a céu aberto. Segundo a dona de casa, Maria Venerida da Cruz Lima, 56 anos, o local é um verdadeiro lixão e o mau cheiro é terrível. "Tem dia que não conseguimos nem almoçar devido o forte mau cheiro que vem deste terreno abandonado em que a população, descaradamente joga lixo. Nos dias quentes, o fedor aumenta," reclamou.

No Guanandi, onde a infestação chega a 2% dos imóveisa auxiliar de limpeza Valéria de Morais, 36, mantém a casa limpa dos focos da dengue. No entanto, ela reside ao lado de um terreno ocupado pelo lixo. "Quanto ao terreno do lado, o proprietário manda limpa-lo com frequência", diz.

O aposentado Galdino Braga, 67, falou que a população deve evitar a formação de lixões. "Agente tem medo desta doença que já é conhecida de todos. Eu mesmo nunca peguei, mas morro de medo," admitiu..

No total, de janeiro até agora, 13 pessoas morreram com a doença em Mato Grosso do Sul, de acordo com a boletim epidemiológico divulgado pela Secretária de Estado de Saúde e um caso está sendo investigado.

Até agora, foi registrada uma morte por causa da doença em Corumbá, duas em Campo Grande, três em Dourados, uma em Juti, uma em Paranhos, duas em Sonora, uma em Três Lagoas e uma em Maracaju. Em Miranda, há um caso de morte sob suspeita que é investigado pela secretária.

A limpeza de terrenos e da própria casa é o que faz Galdino crer que está livre da doença (Foto - Gerson Walber)
A limpeza de terrenos e da própria casa é o que faz Galdino crer que está livre da doença (Foto - Gerson Walber)
Maria Venerida afirma que administração limpa, mas moradores sujam tudo de novo ( Foto - Pedro Peralta)
Maria Venerida afirma que administração limpa, mas moradores sujam tudo de novo ( Foto - Pedro Peralta)
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