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Capital

Casa da Mulher completa 1 ano vendo mudança no comportamento de vítimas

Segundo gestora, mulheres estão procurando ajuda antes de agressões acontecerem

Viviane Oliveira e Luana Rodrigues | 03/02/2016 11:24
Durante um ano, foram mais de 63 mil atendimentos realizados pela Casa da Mulher. (Foto: Marcos Ermínio)
Durante um ano, foram mais de 63 mil atendimentos realizados pela Casa da Mulher. (Foto: Marcos Ermínio)

A Casa da Mulher Brasileira completa um ano nesta terça-feira (3) e comemora a data com a instalação de uma base da Polícia Militar, a entrega do benefício “Liberta Mulheres” e a constatação de que, agora, as vítimas se sentem mais seguras para procurar ajuda antes de serem agredidas. O complexo que integra todos os serviços especializados para atender mulheres vítima de violência fica na Rua Brasília, no Jardim Imá, em Campo Grande.

A gestora administrativa da Casa Mulher pelo município, Ângela Rafaela Vilas Boas, explica que atualmente a maioria dos boletins de ocorrência é registrado por injúria e ameaça, ou seja, as mulheres estão procurando a polícia antes da agressão física. “Houve uma mudança de comportamento. Antes as ocorrências eram mais por lesão corporal e agressão”, diz.

Durante 1 ano, foram 11.70 mil mulheres atendidas, 63.833 mil atendimentos e encaminhamentos, 2.444 medidas protetivas concedidas, 922 homens presos, 1.595 boletins de ocorrência realizados e 431 mulheres atendidas no alojamento de passagem, local onde elas ficam hospedadas até sair a medida protetiva. “Por mês, passam por aqui cerca de 900 mulheres. Elas recebem os primeiros atendimentos e depois são encaminhadas para outros serviços, como por exemplo, acompanhamento psicossocial”, explica a gestora.

O complexo comemora também mais um ganho com o projeto Liberta Mulheres, que vai oferecer por meio da Funsat (Fundação Social do Trabalho) cursos profissionalizantes, com duração de 6 meses. O curso com a primeira turma começa a semana que vem e já serão beneficiadas 50 mulheres, que receber 1 salário mínimo, cesta básica e vale transporte. No final, elas serão encaminhadas para o mercado de trabalho.

Ângela diz que houve mudança de comportamento por parte das mulheres. Hoje, elas procuram atendimento antes de serem agredida fisicamente. (Foto: Marcos Ermínio)
Ângela diz que houve mudança de comportamento por parte das mulheres. Hoje, elas procuram atendimento antes de serem agredida fisicamente. (Foto: Marcos Ermínio)

Segundo Ângela, essas mulheres foram selecionadas pela coordenação, que seguiu um critério. As que foram contempladas são vítimas com medidas protetivas que estão há mais de 6 meses desempregadas e tem filhos pequenos.

Uma base da Polícia Militar para auxiliar na segurança e na confecção de boletins de ocorrências realizadas por militares de outras guarnições também foi implantada no local. Aqui, os policiais vão lavrar os documentos e ao mesmo tempo fazer a segurança”, destaca o tenente Fernando Neves. No total, serão quatro militares que irão revesar em sistema de plantão.

O tenente Fernando Neves, explica que a base da Polícia Militar vai facilitar a confecção de boletim de ocorrência realizados por PMs de outras guarnições. “Aqui, os policiais vão lavrar os documentos e ao mesmo tempo fazer a segurança”, destaca. No total, serão quatro militares que irão revesar em sistema de plantão.

A Casa da Mulher Brasileira, inaugurada em fevereiro de 2015, foi a primeira a ficar pronto no Brasil, após serem investidos R$ 18,2 milhões do governo Federal. Cerca de R$ 7,84 milhões foram para construção da Casa e o restante investidos em aparelhamento e custeio para um período de dois anos.

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