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Capital

Casal é preso suspeito de mais de 100 furtos a usuários do transporte coletivo

Nadyenka Castro | 23/08/2011 15:30

Muitas vítimas não descreveram os suspeitos e outras não comunicaram à Polícia

Lucimar foi presa em hotel junto com o marido. (Foto: Divulgação)
Lucimar foi presa em hotel junto com o marido. (Foto: Divulgação)

Valdevino Belo Barreto, 47 anos, e Lucimar da Cunha, 42 anos, foram presos nessa segunda-feira em um hotel da rua Calógeras, área central de Campo Grande, suspeitos de mais de 100 furtos a usuários do transporte coletivo, de acordo com informações da Polícia Civil.

Segundo o delegado Pedro Espíndola, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, o casal agia em pontos de ônibus, terminais de transbordos e dentro dos coletivos. Eles seguravam uma sacola com a mão esquerda, encostava o corpo na vítima e, discretamente, com a mão direita pegava o objeto que estivesse mais fácil: carteiras, celulares, entre outros.

A maioria das vítimas só percebia o furto quando chegava em casa. Ao procurar o objeto, não encontrava. Ao comunicar o caso à Polícia, não descreviam os suspeitos, pois não tinham ideia de quem pudesse ter feito e nem o momento exato em que aconteceu.

Poucas, 10, foram as vítimas que descreveram os suspeitos. As características repassadas por elas eram parecidas entre si. Os policiais então, com base nestas informações, foram para os pontos de ônibus, praças e conseguiram mais dados.

Eles então identificaram os autores, os quais foram presos em um hotel e confessaram a prática. Conforme Pedro Espíndola, o casal contou que utilizava o dinheiro para comprar drogas, entre outras coisas, vendia objetos e os documentos, por vezes deixava em agências dos Correios e em outras jogava fora.

Valdivino estava foragido do regime semiaberto. (Foto: Divulgação)
Valdivino estava foragido do regime semiaberto. (Foto: Divulgação)

Valdivino, conhecido como Pará, e Lucimar, trocavam de hotel constantemente. A suspeita de mais de 100 furtos é calculada com base na quantidade de boletins registrados e estimativa dos casos que não foram levados ao conhecimento da Polícia.

“O pico de registro de boletins foi de 1º a 10 do mês passado. Só em um desses dias foram 10. Tem muita coisa. Havia registros diariamente. Eles faziam furtos diariamente. Mudavam de pontos, de terminais”, resume o delegado.

Segundo Pedro Espíndola, algumas vítimas chegaram a perder o salário. Conforme ele, a maioria trabalha em horário comercial, não pode deixar o serviço e, aquelas que citaram características de suspeitos, deve fazer o reconhecimento do casal por fotografia.

Valdivino estava foragido do regime semiaberto desde 8 de abril de 2010. Ele tem passagens pela Polícia desde 2008, a maioria por furto. Em maio deste ano, por disparo de arma de fogo.

Lucimar tem ficha criminal desde 2009: portar drogas para consumo pessoal e furto.

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