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Capital

Casas afetadas por temporal de quinta-feira ainda apresentam danos

Flávia Lima | 18/01/2015 16:30
Telhado de algumas casas ainda registram danos devido ao vendaval da semana passada. (Foto:Marcelo Calazans)
Telhado de algumas casas ainda registram danos devido ao vendaval da semana passada. (Foto:Marcelo Calazans)
Folhagens apenas foram acumuladas próximo a calçada para desobstruir a rua. (Foto:Marcelo Calazans)
Folhagens apenas foram acumuladas próximo a calçada para desobstruir a rua. (Foto:Marcelo Calazans)

Moradores dos bairros Mata do Jacinto e Montevidéu, em Campo Grande, ainda não conseguiram reparar os estragos do temporal que atingiu os bairros na semana passada e que teve ventos de 61 km/hora. Ainda é possível observar casas destelhadas e diversos galhos caídos nos canteiros centrais das principais avenidas do bairro Mata do Jacinto.

Na casa do professor de dança Lincoln Cursino de Souza, 39, a imensa seriguela que havia caído em seu quintal, atingindo parte do telhado, já foi retirada, porém a antena de TV continua retorcida no chão. Apesar de pagar aluguel, os prejuízos terão que ser arcados por ele, o que dificulta os reparos imediatos.

Na casa em frente, de número 404, várias telhas estão soltas, além de fios de telefone que ainda tomam conta da calçada em algumas esquinas. No trecho da avenida Panônia com a rua Arlindo Souza Jorge, que passa em frente a casa do aposentado José Oliveira Filho, 70, os galhos que impediam o trânsito de parte da via também já foram retirados, mas o aposentado acredita que o serviço não foi feito pela prefeitura. “Eu vi uns caminhões na noite de sábado retirando uns troncos, mas creio que era de empresa particular”, revela.

As folhagens que restaram foram aglomeradas próximas a calçada e os cones colocados pela prefeitura, retirados. Já a cerca da casa do aposentado vai ter que esperar os reparos até meados da semana, quando ele terá recursos para consertá-la.

Mas a maior dificuldade é enfrentada pelo eletricista Moacir Nunes da Silva. O muro de 30 metros que cerca sua casa foi ao chão e segundo sua esposa, a dona-de-casa, Cristiane de Oliveira, a família não tem condições financeiras de bancar a reconstrução. Com a casa totalmente exposta, já que fica localizada em uma esquina, Cristiane diz que tem medo de sair e deixar a residência sozinha. “Pretendia passar o domingo na minha mãe, mas desisti. Não tenho grades nas portas e nem nas janelas. Fico com medo de alguém invadir”, ressalta.

Ela conta que o marido recebeu um chamado para trabalhar em Mundo Novo, mas também desistiu para não deixar a família sozinha já que, segundo a dona-de-casa, no sábado à tarde um homem se aproximou pedindo um barbeador descartável para ela. Com medo, ela entrou e trancou toda a casa. Mais tarde ela soube que ele havia roubado várias residências no bairro.

Para não deixar o entulho na calçada, ela e o marido alugaram por R$ 90,00 uma caçamba para armazenar o material, que será recolhido durante a semana. Como a quantidade de entulho era muita, o casal decidiu colocar o restante na caçamba do carro e despejar em um local apropriado para este tipo de material. “Tivemos que fazer duas viagens. Passamos a noite recolhendo os pedaços do muro”, relatou.

Cristiane diz que os galhos que caíram na rua não foram retirados pela prefeitura. “Pegaram só a madeira e deixaram as folhas aí. Se cair outro temporal essa sujeira vai entupir os bueiros”, reclama.

Outro morador que conseguiu fazer os reparos emergenciais foi o aposentado José Costa, que reconstruiu a cerca do seu terreno, formada por placas de alumínio que no dia do vendaval voaram até o outro lado da rua.

A assessoria de imprensa da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) orienta os moradores da rua a ligarem na secretaria, no telefone 3314 3636 e solicitar a retirada das árvores.

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