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Capital

Catadores voltam a protestar por falta de recicláveis no lixão

Gabriel Neris e Mariana Lopes | 22/01/2013 15:23
Caminhões da Solurb formaram fila no lado de fora do lixão com o fechamento da balança (Foto: Luciano Muta)
Caminhões da Solurb formaram fila no lado de fora do lixão com o fechamento da balança (Foto: Luciano Muta)

Catadores do lixão de Campo Grande voltaram a reclamar hoje (22) que os resíduos não estavam sendo depositados pelos caminhões na área de transição, onde os trabalhadores separam o material reciclável. Em forma de protesto, a balança onde os veículos passam por pesagem foi fechada.

Os trabalhadores disseram que os caminhões estavam passando direto para o aterro sanitário. Cerca de 70 pessoas impediram a passagem dos veículos. “Desde que abriu o lixão está essa guerrinha”, comentou a catadora Lucimera Cristina da Silva, de 31 anos. “Colocaram regras que a gente está cumprindo. O acordo que fizeram com a gente, eles não cumprem”, ressaltou.

No acordo entre os trabalhadores e a Solurb ficou decidido que os caminhões passariam pela área do lixão para os catadores separarem os materiais recicláveis. Posteriormente, o material orgânico seria retirado do local e levado para o aterro. “Está assim todo dia. Tem que pedir para a Solurb jogar o lixo, mas cansamos e decidimos fechar a balança”, comentou a catadora Eliane Souza Lopes, de 32 anos.

Por volta do meio-dia quatro caminhões estavam parados em frente ao lixão. Um funcionário da Solurb foi flagrado pegando produtos alimentícios que estavam num caminhão de um hipermercado da Capital. Os produtos eram deixados no lixão e os catadores se apropriavam, mas o rapaz se apropriou de garrafas de óleo e salgadinhos.

“O funcionário deles pode pegar o lixo que vem do mercado. Eles jogam tudo na lona e a gente não pode nem chegar perto”, reclamou Eliane. O funcionário, que não foi identificado, afirmou a reportagem que pegou os produtos diretamente do caminhão pela primeira vez. “Tem muito mais gente que pega, mas agora estou levando a culpa sozinho”. O rapaz foi demitido.

O representante do consórcio Solurb, Gustavo Pitaluga, entrou em contato com os trabalhadores e disse que a situação seria normalizada ainda hoje. Ele alegou que não havia espaço para os caminhões despejarem o lixo no local. De acordo com o catador Luiz Berrocal, os caminhões já estão passando pelo lixão e a balança foi liberada.

Na última quarta-feira (16), os catadores relataram que estavam de braços cruzados. O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), havia dito que enviaria técnicos da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Trabalho e Habitação), Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e da SAS (Secretaria de Assistência Social) para verificar a denúncia.

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