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Capital

Cemitérios públicos de Campo Grande podem acabar em dez anos, diz Semadur

Elverson Cardozo | 17/04/2012 13:54

Falta de vagas já preocupa e a prefeitura se vê obrigada a fazer readequações dentro dos próprios terrenos

Prefeitura estuda a possibilidade de abrir um novo cemitério público. (Foto: João Garrigó)
Prefeitura estuda a possibilidade de abrir um novo cemitério público. (Foto: João Garrigó)

Dez anos. Esta é a estimativa da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para a capacidade de funcionamento dos cemitérios públicos de Campo Grande. A falta de vagas começa a preocupar e já obriga a Prefeitura a fazer readequações dentro dos próprios terrenos.

Para Milton Taíra, proprietario da Taíra - prestadora de serviços LTDA, empresa que administra os cemitérios públicos da Capital, a situação “já está em um nível crítico, porque todos os cemitérios públicos, segundo declarou, estão lotados. “A prefeitura está procurando novos espaços”, afirmou.

No Santo Antônio, o mais antigo de Campo Grande, Milton relatou que não há mais vagas disponíveis. Os sepultamentos são só para famílias que adquiriram os terrenos.

O diretor da Semadur, Waldiney Costa da Silva, rebate as declarações de Taíra e afirma que ainda há vagas. O que estão ocorrendo, explica, são adequações; “reaproveitamento de vias” dentro dos próprios terrenos.

“Existia muitas ruas nesses cemitérios que estavam sendo subaproveitadas”, disse.

Vagas disponíveis - Sobre o número de vagas ainda disponíveis, Waldiney relata que não tem dados concretos, mas disse que dos três cemitérios públicos de Campo Grande, apenas o Santo Antônio atingiu a capacidade de sepultamentos.

As vagas disponíveis são apenas para famílias que já adquiriram os terrenos. Por mês, ocorrerem cerca de 18 sepultamentos no local. “É um cemitério antigo, onde todos os lotes já estão ocupados”, disse.

No maior cemitério público da Capital, o Santo Amaro, que conta com uma área de 27,03 hectares, a média de sepultamentos, segundo a Semadur, chega a 115 por mês.

Waldiney nega que o terreno esteja superlotado, mas confirma as informações da empresa que administra o local. “Estamos transformados esses lotes em lotes com várias gavetas”, afirmou, acrescentando que a grande maioria das ruas foram subaproveitadas.

“No cemitério existia uma quantidade enorme de vias secundarias que não tinha necessidade”, disse.

De acordo com o diretor, para o Santo Amaro, a Prefeitura tem um projeto de ampliação para ocupar uma área anexa na avenida Presidente Vargas. Os estudos, declarou, estão em fase de conclusão.

Já no cemitério São Sebastião, mais conhecido como Cruzeiro, o trabalho de readequações de vias também já está sendo feito. O objetivo também é propiciar a abertura de novos lotes.

No cemitério Santo Amaro, prefeitura já faz readequações em vias. (Foto: João Garrigó)
No cemitério Santo Amaro, prefeitura já faz readequações em vias. (Foto: João Garrigó)

A média de sepultamentos mensais no cemitério do Cruzeiro, que tem 14,37 hectares, é de 75.

Exumações – As exumações mensais nos cemitérios, segundo a Semadur, propicia o aumento de vagas para sepultamentos. No Santo Antônio, que tem 6,9 mil sepulturas, as exumações são particulares.

No São Sebastião ocorrem, mensalmente, cerca de 50 exumações. No Santo Amaro, que tem o maior número de sepulturas – 32.766 mil -, a média fica entre 60 e 70.

Waldiney explica que as exumações ocorrem quando a família deixa de adquirir o terreno junto à Prefeitura em um prazo de 5 anos. O aviso é publicado em edital. Os restos mortais são depositados em ossários instalados no próprio cemitério.

Crematório – Questionado sobre a possibilidade de um crematório público em Campo Grande, o diretor da Semadur informou que a Prefeitura não tem planos, mas já aprovou o projeto de um crematório particular.

É o primeiro em Mato Grosso do Sul. O projeto, da Pax Nacional, ainda está sob análise da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio).

Novo cemitério público - A prefeitura estuda a criação de um novo cemitério público na Capital. “Estamos em busca de uma área de 40 hectares”, explicou Waldiney.

O diretor explica que, como na região de Campo Grande não há grandes áreas, a alternativa é nas saídas da cidade. “Tem que ser um local de fácil acesso e onde exista a capacidade de ampliação”, afirmou.

A idéia é construir um cemitério que tenha capacidade para pelo menos 50 anos.

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