Centro de Reabilitação comemora um ano com 2 mil pacientes atendidos de graça
Há um ano era inaugurado o CER (Centro Especializado de Reabilitação) da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), em Campo Grande. Lá, os pacientes recebem mais do que tratamento. Recebem alegria e esperança de ter mais qualidade com vida.
O CER começou a funcionar em 16 de janeiro de 2011 e neste um ano, de acordo com o coordenador técnico Rodrigo Lucchesi, foram 1.923 pessoas atendidas. Neste período foram doadas: 377 cadeiras de rodas, 125 proteses ortopédicas, 60 calçados ortopédicos e 110 órteses ortopédicas.
Uma delas é o policial militar aposentado Odilon Rodrigues de Souza, 43 anos. Ele foi ferido na cabeça por um tiro em 2000, quando morava no Mato Grosso. Perdeu massa encefálica, a bala continua alojada e por conta disso se tornou portador de necessidades especiais.
Odilon não fala e é o irmão, o funcionário público Miguel Rodrigues de Souza, 50 anos, quem fala sobre o tratamento no CER. “Ele era muito dependente, não conseguia ter discernimento, mas, hoje já consegue ter mais vontade de resolver as coisas, entende as situações”, declara.
Conforme Miguel, o irmão já consegue andar sozinho e se levanta com menos dificuldade.
O empresário Clarindo da Costa Marques, 65 anos, teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral) há dois e desde a inauguração do Centro, faz tratamento no local. Para ele, que faz fisioterapia duas vezes por semana, “o ambiente é muito alegre” e “tem uma estrutura muito bem montada e ótimos profissionais”. “Nem parece que é atendimento público”, finaliza.
Segundo o coordenador técnico, todo o atendimento no CER é feito de forma individual, com um paciente por fisioterapeuta. Conforme Rodrigo, a demanda neste um ano foi maior que a expectativa. “Não imaginava que teria tantos pacientes e que tem tanta gente com deficiência”.
O profissional espera comemorar o segundo ano de atividade com mais funcionários, mais pacientes e abrir unidades no interior do Estado.
CER - Ao chegar, o paciente é atendido primeiramente por um assistente social, depois passa pela triagem médica, de fisiotepeutas, psicólogos e fonoaudiólogos. Se a pessoa se encaixar no perfil o caso é estudado por toda equipe para então se formar um protocolo de atendimento e posteriormente o agendamento para iniciar a reabilitação.
O tempo de recuperação vai de acordo com o quadro de cada paciente. Mas o tratamento não para por aí. Dentro do CER o paciente que necessitar vai ter à disposição a oficina ortopédica que reduz de meses para cinco dias o tempo de receber perna mecânica e cadeira de rodas.
O Centro Especializado de Reabilitação fica na Vila Progresso e o telefone de contato é 3045-5005.