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Capital

Chuva deixa rastro de destruição e sujeira ao longo da Ricardo Brandão

Ricardo Campos Jr. | 02/03/2016 16:06
Barro acumulado em frente a floricultura invadida pela água (Foto: Alan Nantes)
Barro acumulado em frente a floricultura invadida pela água (Foto: Alan Nantes)
Galhos na ponte: marcas deixadas pela correnteza no Córrego Prosa. (Foto: Alan Nantes)
Galhos na ponte: marcas deixadas pela correnteza no Córrego Prosa. (Foto: Alan Nantes)

Imóveis inundados, lama pelo asfalto, muretas destruídas e desmoronamento em várias partes da margem do Córrego Prosa. Essa era a situação da Avenida Ricardo Brandão durante a tarde desta quarta-feira (2). A água invadiu a pista e a correnteza causou prejuízos a empresários e até mesmo aos cofres públicos.

Logo após o cruzamento com a Rua Ceará, em frente à Uniderp, uma grande erosão se formou no barranco ao lado da pista sentido Ernesto Geisel – Chácara Cachoeira.

Um buraco de grande profundidade surgiu entre a grama e o asfalto, dando a impressão de que a qualquer momento, ou durante o próximo temporal, o pavimento possa vir abaixo.

Situação parecida foi registrada no cruzamento com o Padre João Cripa, em frente ao Hemosul. Uma lona foi colocada pela prefeitura na tentativa de conter o deslizamento.

A grama ao longo de toda a margem foi levada, deixando expostos os sacos de terra usados para dar sustentação ao barranco. Em alguns pontos é possível enxergar as raízes das árvores plantadas no local.

No cruzamento da Avenida Ricardo Brandão com a Joaquim Murtinho, as muretas que protegem os pedestres na passarela sobre o córrego foram todas ao chão como um dominó. Em frente ao local, a água também invadiu o supermercado Comper, que foi limpo pelos funcionários ainda pela manhã.

Militares fizeram um mutirão para remover a grama depositada na cerca da PE (Polícia do Exército). Possivelmente as plantas foram carregadas pela água e ficaram retidas entre as treliças.

Placas de concreto que protegiam pedestres em passarela foram arrancadas pela enxurrada como dominó (Foto: Alan Nantes)
Placas de concreto que protegiam pedestres em passarela foram arrancadas pela enxurrada como dominó (Foto: Alan Nantes)
Dono de floricultura invadida pela água pensou em desistir (Foto: Alan Nantes)
Dono de floricultura invadida pela água pensou em desistir (Foto: Alan Nantes)

Recomeço – No cruzamento entre a Ricardo Brandão com a Francisco Bento, o empresário Rodrigo Rosa Ribeiro ainda não havia terminado de remover toda a lama e contabilizar todos os prejuízos na floricultura, que foi invadida pela correnteza.

A força da água foi tão forte que disparou o alarme, fazendo com que ele acordasse de madrugada e fosse correndo ao local. “Achei que era um ladrão”, conta. No entanto, ao chegar na loja ele se deparou com o local todo inundado. Uma bacia pesada de barro foi levada pela enxurrada e foi parar no cruzamento com a Rua Bahia.

Vasos menores feitos de compensado molharam e possivelmente não poderão ser reaproveitados para a venda. Flores compradas para atender a demanda do Dia da Mulher se perderam. Em frente ao estabelecimento havia grande quantidade de lama acumulada e os funcionários terminavam de lavar o interior da loja.

“O prefeito veio aqui hoje e disse que vai mandar limpar. Vamos ver se vai mesmo. Às vezes dá vontade de desistir. Tem que recomeçar do jeito que está aí, porque agora está feia a coisa. Não cheguei a perder tudo”, afirma o empresário.

Ele conta que no dia 5 de dezembro do ano passado o local já havia sido inundado durante um temporal. Dois dias depois, ladrões invadiram o estabelecimento. Domingo passado, o local foi roubado novamente. “Hoje estava com vontade de pegar minhas coisas e ir embora, mas é minha vida que está aqui dentro”, relata.

Márcia aponta a marca da altura da água na sede do sindicato (Foto: Alan Nantes)
Márcia aponta a marca da altura da água na sede do sindicato (Foto: Alan Nantes)

Ao lado da floricultura, os dirigentes do Sindafaz (Sindicato de Apoio aos Servidores Administrativos da Secretaria de Fazenda) estão de mudança para uma nova sede no bairro Carandá e um dos motivos é a chuva. O local já foi invadido pela água outras vezes e hoje, a correnteza foi tão grande que entortou a trava do portão elétrico, que não pode ser aberto.

“O pessoal do interior que vem, fica hospedado aqui no sindicato, imagina chover e a pessoa não ter condições de sair, ficar presa”, diz a assessora da entidade Márcia Maria dos Santos, 43 anos.

Funcionários da loja de automóveis Show Room também tiveram trabalho para limpar o local pela manhã, invadido pela lama. “Terminamos há pouco tempo. Já é a segunda vez que acontece isso. Não teve prejuízo, só essa sujeira”, diz Jorge Mansur, um dos proprietáriosl.

Segundo ele, é a segunda vez que o local é atingido e ele tem medo de que nos próximos temporais os veículos para venda sejam danificados, por isso pensa em erguer algum tipo de estrutura no portão para evitar o avanço da água de forma violenta. “Tem que ficar alerta”, completa.

Raíz de árvore ficou exposta após a enxurrada (Foto: Alan Nantes)
Raíz de árvore ficou exposta após a enxurrada (Foto: Alan Nantes)

Confira a galeria de imagens:

  • Erosão na margem do Córrego Prosa na Avenida Ricardo Brandão (Foto: Alan Nantes)
  • Erosão na margem do Córrego Prosa na Avenida Ricardo Brandão (Foto: Alan Nantes)
  • Funcionário de floricultura invadida pela água fazendo limpeza do estabelecimento (Foto: Alan Nantes)
  • Funcionários demoraram várias horas para conseguir limpar floricultura invadida pela água (Foto: Alan Nantes)
  • Dono de floricultura invadida pela água mostra altura em que a água alcançou (Foto: Alan Nantes)
  • Lama na Avenida Ricardo Brandão (Foto: Alan Nantes)
  • Pedaços de concreto foram parar dentro do córrego (Foto: Alan Nantes)
  • Placas de concreto que protegem pedestres na passarela acima do córrego caíram como dominó (Foto: Alan Nantes)
  • Bloco de pedras nas margens do córrego(Foto: Alan Nantes)
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