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Capital

Chuva obriga remoção de duas famílias em Campo Grande

Jorge Almoas e Viviane Oliveira | 03/03/2011 17:31
Família de Nestor Nunes paga R$ 220 de aluguel e não tem outro local para ir (Foto: Simão Nogueira)
Família de Nestor Nunes paga R$ 220 de aluguel e não tem outro local para ir (Foto: Simão Nogueira)

As fortes chuvas que atingem Campo Grande durante esta semana obrigaram duas famílias a deixarem suas residências, informou a Defesa Civil.

Em um dos casos, na Rua Antônio João Ferreira, no bairro Santo Antonio – uma das regiões mais prejudicadas com os alagamentos – o Corpo de Bombeiros trabalhava há alguns dias na sucção da água de dentro da residência de Nestor Nunes, de 60 anos, que mora no local há três anos com três pessoas.

Mesmo com o trabalho dos bombeiros, a água não baixava e a situação da família era delicada. Em investigação, descobriu-se que havia um poço nos fundos do terreno que estava “minando” água, o que, somada à precipitação, mantinha o local alagado.

“Moro aqui há três anos e isso nunca tinha acontecido. Depois que começou as obras na [Avenida] Duque de Caxias que virou isso aqui. Ontem, chamamos os bombeiros à meia-noite. E hoje eles voltaram aqui”, conta Marli Aparecida Vieira, também moradora da residência.

A família paga R$ 220 de aluguel pela casa. O Corpo de Bombeiros conseguiu retirar a água da casa, mas o terreno permanece alagado, com água a uma altura de 25 centímetros.

Márcia terá que desocupar imóvel tomado pela água da chuva (Foto: Simão Nogueira)
Márcia terá que desocupar imóvel tomado pela água da chuva (Foto: Simão Nogueira)

“Não temos como sair daqui. Querem cobrar R$ 500 no aluguel de uma casa e não podemos pagar. O jeito é se virar por aqui mesmo”, relata Marli. A família comentou que o poço localizado nos fundos do terreno tem dois metros de profundidade e está desativado.

Ultimato – Já no bairro Santa Emília, região sudoeste de Campo Grande, outro caso de alagamento obrigou a remoção de uma família. Em uma residência na Avenida Conde da Boa Vista, a família de Márcia de Assis da Costa, de 50 anos, terá que buscar outro lugar para morar.

No último domingo, o Campo Grande News esteve na casa de Márcia, que é cadeirante, e constatou a situação de caos que a família enfrenta quando a chuva é mais intensa.

“É uma tristeza. Não é fácil ver e não poder fazer nada”, lamentou Márcia.

De acordo com a estação meteorológica da Anhanguera/Uniderp, nos dois primeiros dias de março, choveu em Campo Grande o equivalente a 70% do previsto para todo o mês.

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