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Capital

Com 17 dias sem chuva, campo-grandense sofre com baixa umidade

Paula Maciulevicius | 23/07/2012 11:47
Altas temperaturas e umidade relativa do ar abaixo dos 30% faz com que pedestres se cubram no calor. (Foto: Minamar Júnior)
Altas temperaturas e umidade relativa do ar abaixo dos 30% faz com que pedestres se cubram no calor. (Foto: Minamar Júnior)

Seja pelo centro da cidade ou nos estabelecimentos entre quatro paredes, o que se ouve nessa época do ano é uma verdadeira sinfonia entre os espirros e as tosses. Consequências da baixa umidade do ar na Capital, que entre ontem e hoje registrou índice de 29%.

“É gripe. Está muito seco, eu só tusso, espirro. Essa vida é difícil. Já tomei remédio, fiz inalação e nada. Estava precisando era chover”, comenta a aposentada Rita Milhomem, 64 anos.

Só que o melhor remédio para a gripe de Rita não tem nem previsão de chegar a Campo Grande. A última chuva da Capital registrada pela meteorologia foi no dia 6 de julho, de 8,6mm. Segundo o meteorologista da Anhanguera/Uniderp, Natálio Abrahão, julho é para ser mês de seca mesmo, o previsto para todos os 31 dias era de 8,8mm de chuva.

A aposentada Rita Milhomem vive os últimos dias na companhia da dupla da época "tosse e espirro". (Foto: Minamar Júnior)
A aposentada Rita Milhomem vive os últimos dias na companhia da dupla da época "tosse e espirro". (Foto: Minamar Júnior)

A entrevista com a vendedora Jeniffer Lisboa, 18 anos, começa por um ‘saúde’. Os olhos ardiam, o nariz coçava e o espirro saía. A resposta dela também era gripe, apesar de ser vítima das alergias da época de seca.

“Está muito seco. Não chove a o que, mais de uma semana? É só mudar o tempo que eu fico assim. A pele é só hidratante e muito”, relata.

A vendedora de água de coco Elizabeth Pereira, 56 anos, ainda não está lucrando o esperado, mas não pelo tempo seco, é por ser fim de mês mesmo. “O povo até olha, mas não tem dinheiro. Só para o dia primeiro”, fala.

Quem fica na esquina das ruas 15 de Novembro e 14 de Julho, sofre além da baixa umidade do ar, com a poeira vinda da obra de reforma da praça Ari Coelho.

“O vento de lá traz muita poeira para cá. Aí é que ninguém aguenta. Até o coco fica seco”, diz aos risos. Brincadeiras à parte, mas o fato é que visualmente a fruta está mais sequinha sim.

Chuva para a região central de Mato Grosso do Sul a matemática calcula que as chances sejam de 20%. Mas a meteorologia também traz boas notícias. A partir de amanhã, uma frente fria chega ao Sul do Estado, não vem com chuva, mas promete melhorar a umidade relativa do ar e aumentar as nuvens em Campo Grande.

“Deve chover pouco apenas nas regiões Sul e Sudoeste. A princípio não temos queda na temperatura”, completa Abrahão.

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