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Capital

Com 4 votos, policial que matou colega é condenado a 16 anos de prisão

Nadyenka Castro | 05/08/2011 15:29

Jurados não acataram tese da defesa de que tiro disparado contra a vítima tenha sido acidental

Em julgamento realizado nesta sexta-feira, Cleidival Vasques foi condenado a 16 anos de prisão.
Em julgamento realizado nesta sexta-feira, Cleidival Vasques foi condenado a 16 anos de prisão.

Por quatro votos, o júri popular reconheceu a culpa do policial civil Cleidival Vasquez, pela morte da colega Elaine Yamazaki. Com isso, foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado, mas, fica em liberdade por estar amparado por habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Os jurados acataram as qualificadoras do homicídio doloso: motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima e descartaram a alegação do autor, que era de tiro de acidental.

Foram abertos somente quatro cédulas, do total de sete jurados, porque, diante da situação, o voto dos demais não interferiria no resultado final.

O julgamento- Cleidival contou aos jurados que amava Elaine e que se conheciam há mais de três anos, antes dela entrar para a Polícia Civil. O relacionamento amoroso extra-conjugal começou dois anos e meio antes do crime, ocorrido no início de fevereiro de 2009.

Segundo a promotoria, Cleidival matou a vítima por ciúmes e porque ela não queria envolvimento afetivo com o réu.

O Ministério Público afirma que ele foi até Elaine na noite do crime irritado por causa de recado de outro homem deixado no Orkut. Sobre a mensagem, ele disse que “tinha, mas não era motivo para fazer uma coisa desse tipo”.

Elaine era casada e tinha uma filha, hoje com 12 anos, fruto do relacionamento com o marido.

O crime- Elaine voltava da faculdade onde cursava Direito e foi seguida pelo colega.

Os dois pararam na Vila Carvalho, na rua 1º de Julho, quase esquina com a Salgado Filho, começaram a conversar e Cleidival disse que colocou a arma funcional no painel, em frente ao banco do passageiro, onde sentou.

A pistola teria caído duas vezes e na terceira vez, disparou. Ele garante que o tiro foi acidental, apesar da bala ter atingido a cabeça, entre os dois olhos.

A acusação mostrou fotos e laudos periciais que contrariam a versão apresentada pela defesa.

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