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Capital

Com ajuda do filho, mulher manda matar marido para ficar com herança

Francisco Júnior | 06/04/2013 12:39
Thionatan Anderson ajudou a mãe a planejar o crime. (Foto: Francisco Junior)
Thionatan Anderson ajudou a mãe a planejar o crime. (Foto: Francisco Junior)
Aparecida vivia com a vítima há 2 anos. (Foto: Francisco Junior)
Aparecida vivia com a vítima há 2 anos. (Foto: Francisco Junior)

Aparecida Fernandes de Souza Soné, de 42 anos, e o filho dela, Thionatan Anderson Custódio da Silva, de 20, foram presos neste sábado (6), em Campo Grande, suspeitos de planejarem o assassinato Flausio Laudemiro Furtado, de 63 anos. O homen foi morto com dois tiros na noite de ontem (5), no bairro Monte Castelo. Um adolescente de 17 anos já está detido, suspeito de ser o autor dos disparos. A mulher e a vítima moravam juntos há 2 anos.

Segundo o delegado Tiago Macedo, responsável pela investigação, mãe e filho arquitetaram o crime para ficar com os bens da vítima: uma casa no bairro Coophavilla II, um carro e uma moto.

Aparecida e Thionatan armaram uma emboscada contra Flausio. Ontem, o homem recebeu uma mensagem via celular, enviada pelo enteado, onde pedia emprestados R$ 500,00 para pagar um tratamento dentário.

O rapaz marcou como ponto de encontro para pegar o dinheiro a rua Rio de Janeiro, no Monte Castelo, próximo a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, onde seria a consulta com o dentista.

Por volta das 21h30, a vítima e a mulher foram até o local marcado e o adolescente contratado para o crime já estava esperando junto de Thionatan. Conforme o delegado, o idoso desceu do carro e, como estava escuro, se abaixou próximo do farol para contar o dinheiro e entregar para Thionatan. “Neste momento, o adolescente se aproximou atirou a queima roupa duas vezes contra a cabeça da vítima”, relata Macedo. Flausio morreu no local. Os dois rapazes fugiram em uma moto.

Aparecida permaneceu na cena do crime até a chegada da Polícia Militar. Conforme Macedo, inicialmente ela relatou aos policiais que o marido havia sido morto por assaltantes, mas que não saberia descrevê-los. Antes da chegada dos investigadores da Depac (Delegacia de Pronto de Atendimento Comunitário), a mulher fingiu estar passando mal e voltou para UPA.

Os policiais civis foram até a unidade de saúde e a interrogaram sobre o ocorrido. “Ela entrou em contradição várias vezes. Outro fato que chamou nossa atenção foi o de que ela não permaneceu no local do crime para ajudar a esclarecer o fato”, explicou o delegado.

De acordo com Macedo, após cometerem o crime, o filho de Aparecida e o adolescente foram para a UPA, onde ela estava. “Os dois também apresentaram atitudes suspeitas e foram encaminhados para a delegacia com o objetivo de esclarecer os fatos”. Já a mulher, deixou a UPA e foi para casa de parentes no Jardim Presidente.

Em depoimento, o adolescente acabou confessando o crime e apontando Aparecida e Thionatan como os mandantes. Como já estava na delegacia, o enteado recebeu voz de prisão. Enquanto que a mãe foi capturada na casa dos parentes. Ela negou envolvimento no homicídio.

O delegado acredita que o crime havia sido planejado há meses. “ Eles planejaram matar a vítima há pelo menos quatro meses, período em que o adolescente foi morar com eles no Coophavilla”.

Mãe e filho foram indiciados por homicídio doloso qualificado, por motivo torpe e por dificultar a defesa da vítima, além de emboscada e corrupção de menores.

Os três permanecem presos na Depac Centro.

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