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Capital

Com asfalto esburacado, reclamação é unânime nas ruas

Mariana Lopes | 26/12/2012 14:29
Rua Jerônimo de Albuquerque, no bairro Nova Lima (Foto: Luciano Muta)
Rua Jerônimo de Albuquerque, no bairro Nova Lima (Foto: Luciano Muta)
Valdemir aponta os buracos no cruzamento das ruas Jerônimo de Albuquerque e Abrão Anache (Foto: Luciano Muta)
Valdemir aponta os buracos no cruzamento das ruas Jerônimo de Albuquerque e Abrão Anache (Foto: Luciano Muta)

As ruas de Campo Grande estão na boca da população quando o assunto é buracos. Sejam grandes ou pequenos, antigos ou mais recentes, não importa, as vias esburacadas, que aumentam nesta época de chuva, viram alvo de reclamação entre motoristas e moradores.

Na manhã de hoje (26), a equipe do Campo Grande News percorreu vários bairros da Capital e conferiu pontos diferentes com buracos que saltam aos olhos de quem precisa andar atento nas ruas para não ser pego de surpresa com as famosas “panelas” formadas no asfalto.

O primeiro bairro foi o Nova Lima, precisamente no cruzamento das ruas Jerônimo de Albuquerque com a Abrão Anache. No meio da rua, dois buracos, que, segundo os moradores, “apareceu” há pouco tempo e ainda é pequeno se comparado a outros na mesma rua.

A poucos metros a frente, ainda na rua Jerônimo de Albuquerque, outro cruzamento complicado, mas este mais esburacado. “Isso porque é linha de ônibus. Nós pagamos pelo asfalto, para ele esfarelar assim com qualquer chuva que dá”, reclama o tapeceiro Valdemir Alves Ferreira, 54 anos, e morador no Nova Lima há 20 anos.

Avenida Assaf Trad, próximo ao condomínio Alphaville (Foto: Luciano Muta)
Avenida Assaf Trad, próximo ao condomínio Alphaville (Foto: Luciano Muta)
Rua Autonomista, no Jardim Autonomista (Foto: Luciano Muta)
Rua Autonomista, no Jardim Autonomista (Foto: Luciano Muta)

Ao sair do bairro, na avenida Assaf Trad, próximo ao condomínio Alphaville, a reportagem flagrou mais buracos e as manobras dos motoristas que tentam desviar dos orifícios abertos.

Ao sair do bairro, na avenida Assaf Trad, próximo ao condomínio Alphaville, a reportagem flagrou mais buracos e as manobras dos motoristas que tentam desviar dos orifícios abertos.

Do outro lado da cidade, em um bairro mais próximo da região central, a situação não é muito diferente. No Autonomista, por exemplo, os moradores também sofrem com as ruas esburacadas.

O aposentado Luiz Oscar Wielewicki, 60 anos, conta que na rua Autonomista o número de buracos aumentou. “Esse asfalto chegou ao limite da casquinha, e como não há um recapeamento, só tapa buraco, qualquer chuva que cai abrem essas crateras”, aponta o morador, que também é motorista e enfrenta a dificuldade no bairro dia-a-dia.

Rua do Franco, na Vila Carlota (Foto: Luciano Muta)
Rua do Franco, na Vila Carlota (Foto: Luciano Muta)
Avenida Guaicurus, no bairro Itamaracá (Foto: Luciano Muta)
Avenida Guaicurus, no bairro Itamaracá (Foto: Luciano Muta)

Na Vila Carlota, outro bairro de Campo Grande, o problema e maior reclamação dos moradores é em relação às obras recentes, que em menos de uma semana o asfalto já esfarelou.

O funcionário público Gilberto Abreu, 64 anos, diz que na rua Do Franco, onde mora, a via foi aberta para fazer uma obra de drenagem. Após três meses com as máquinas trabalhando, na semana passada foi jogado o piche para cobrir a rua. O resultado, Gilberto aponta: “Foi feito um serviço paliativo aqui, já está abrindo um buraco, e na próxima chuva vai soltar tudo”, prevê o morador.

Na avenida Guaicurus, no bairro Itamaracá, é possível perceber buracos em toda a extensão da via, alguns pequenos, outros maiores. Para o motoboy Alexandre da Silva Ferreira, 21 anos, o problema maior é o risco que oferece principalmente aos motociclistas. “Tem que andar devagar e atento”, recomenda.

Se nos bairros mais afastados ou nos mais próximos ao centro a situação é complicada para os motoristas, nas rodovias não é diferente. No Anel Viário da BR-163, na estrada que liga a saída de Três Lagoas à rotatória da saída para São Paulo, quem sofre são os caminhoneiros.

Ivan Rocha dos Santos, 40 anos, passa quase diariamente neste trecho e afirma que muitas vezes já passou sufoco com os buracos. “Os perigos são muitos, de colisão para conseguir desviar, de estourar um pneu do caminhão, principalmente o dianteiro, e se tem carro de passeio atrás da gente, não enxerga mesmo o buraco e passa com tudo”, comenta o caminhoneiro.

Resposta -De acordo com o secretário de Obras de Campo Grande, João Antônio de Marco, os buracos pelas ruas da cidade são consequências das chuvas. “Nesta época do ano chove mesmo, e por isso abre muito buraco, tapa em uma rua e abre em outra, é normal”, afirma o secretário.

Baseado na experiência de anos anteriores, ele afirma que a cidade só vai se recuperar depois de maio de 2013, quando diminuem as chuvas. “Tem asfalto com 40 anos em Campo Grande, então não significa que o problema seja a qualidade do piche que é usado”, argumenta.

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