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Capital

Com baixo movimento de clientes, ambulantes somem dos cemitérios

Juliana Brum | 30/10/2015 18:20
Comerciante espera que movimento aumente no dia de finados ( Foto - Silas Lima)
Comerciante espera que movimento aumente no dia de finados ( Foto - Silas Lima)

O movimento de ambulantes em volta dos cemitérios de Campo Grande é fraco nesta sexta-feira, véspera de feriado de Finados (2). A maioria alega que as vendas estão muito fracas e que nem sempre compensa passar o dia a espera de poucos clientes. Nesta mesma época do ano passado, os cemitérios já estavam tomados por ambulantes, o que mostra um desânimo entre eles.

Há mais de 10 anos trabalhando com flores e venda de velas em frente ao cemitério Parque Nacional, no bairro das Moreninhas 3, Maria Lurdes Godoy lamenta a queda das vendas e já se prepara para um lucro mais baixo comprado com 2014.

"No ano passado durante a semana anterior de Finados cheguei a vender mais de R$ 500 e neste ano na mesma semana não consegui vender nem R$200. Espero que a chuva não atrapalhe e no dia possa reverter a situação" disse a comerciante Maria Lurdes.

Ela destacou que os valores variam entre R$ 2 a R$ 18 dependendo das flores artificiais e naturais. Os comerciantes do bairro também notaram a queda nas vendas e acreditam que a crise financeira e a alta do dólar são os responsáveis por esta "paradeira" no comercio.

A comerciante Cristina Conceição, 69 anos, diz que neste ano não investiu nos arranjos de flores porque além da falta de tempo não tinha dinheiro suficiente, mas acredita que no dia de Finados certamente haverá mais ambulantes próximo ao cemitério.

No cemitério Santo Antônio, o encarregado e supervisor Francisco Alves da Silva, 60 anos, comentou que está surpreso que neste ano o movimento de ambulantes está devagar e que até as visitas que antecediam a época de finados diminuiu quase que 60%.

"Chico" como é chamado carinhosamente por todos, por trabalhar há 30 anos no cemitério diz que acredita que esta ausência de pessoas homenageando os entes queridos é porque os "antigos" é que tinham tal costumes e que os jovens de hoje não herdaram tal ritual.

Há mais de 10 anos em frente ao cemitério comerciante investe em flores articiais  (Foto - Silas Lima)
Há mais de 10 anos em frente ao cemitério comerciante investe em flores articiais (Foto - Silas Lima)
Movimento normal sem ambulantes em frente ao primeiro cemitério da Capital ( Foto - Silas Lima)
Movimento normal sem ambulantes em frente ao primeiro cemitério da Capital ( Foto - Silas Lima)
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